
Brasil caiu 4 posições no ranking de competitividade. Foto: flickr.com/photos/drdevious14
O Brasil ocupa a 54ª posição do ranking do Anuário Mundial de Competitividade 2014 (World Competitiveness Yearbook - WCY) divulgado pelo IMD, escola de negócios sediada na Suíça. O país caiu quatro posições, o que coloca o economia brasileira como a sétima pior da lista.
O país só supera Eslovênia, Bulgária, Grécia, Argentina, Croácia e Venezuela.
"Os dados deste ano mostram que o Brasil não apenas desceu posições no ranking, mas perdeu competitividade para ele mesmo", diz Carlos Arruda, professor da Fundação Dom Cabral, responsável pelos dados relacionados ao Brasil.
A competitividade da economia brasileira, segundo o Estadão, está sendo afetada pelo aumento significativo dos preços e pela baixa participação do País no comércio internacional (neste quesito, o Brasil ficou na 59ª colocação).
O índice, publicado anualmente desde 1989, avalia 60 países e tem quatro pilares para mensuração dos resultados: desempenho econômico, eficiência do governo, eficiência dos negócios e infraestrutura.
"A história da competitividade geral de 2014 registra um sucesso continuado nos EUA, uma recuperação parcial na Europa e de lutas para melhorar em alguns mercados emergentes", disse o diretor do IMD World Competitiveness Center, Arturo Bris.
"Não há uma receita única para um país subir nos rankings de competitividade e muito depende de contexto local", completou.
Os Estados Unidos seguem em primeiro lugar, o que reflete a resiliência da economia do país, melhores números de emprego e seu domínio em tecnologia e infraestrutura.
Não há grandes mudanças entre os dez primeiros lugares.
Pequenas economias, como a da Suíça, em segundo no ranking, Cingapura, em terceiro, e Hong Kong, que ocupa a quarta colocação, continuaram a prosperar, graças às exportações e à eficiência empresarial e à inovação.
A Europa se saiu melhor do que no ano ado, graças a recuperação gradual da economia do continente.
A Dinamarca ingressou no grupo das dez melhores economias, ficando com o nono lugar na lista.
Ela se juntou à Suíça, Suécia, Alemanha e Noruega, que completam as dez primeiras colocadas.
Entre as economias periféricas da Europa, a Irlanda ocupa a 15ª posição. A Espanha ficou em 39º lugar e Portugal em 43º. Estes três países melhoraram suas posições, enquanto a Itália, 46ª colocada, e Grécia, 57ª, pioraram.
O Japão, que ocupa a colocação número 21, continua a subir nos rankings, ajudado por uma moeda mais fraca, o que tem melhorado sua competitividade no exterior.
Na Ásia, a Malásia (12ª da lista) e a Indonésia (37ª) subiram de posições, enquanto a Tailândia (29ª) caiu, em meio às incertezas políticas.
Segundo o IDM, a maioria dos grandes mercados emergentes declinou nos rankings, porque o crescimento econômico e os investimentos estrangeiros desaceleraram e a infraestrutura permanece inadequada.
A China caiu para a 23ª posição, devido, principalmente, a preocupações sobre o ambiente empresarial, enquanto a Índia (44ª) e o Brasil (54º) sofrem com mercados de trabalho ineficientes e istração de negócios ineficaz.
Sete entre os 10 países mais bem posicionados no ranking geral de 2014 também estão entre os 10 com melhores imagens no exterior, o que encoraja o desenvolvimento de negócios, de acordo com uma pesquisa do IMD com executivos baseados em cada um desses países.
Em geral, há uma forte correlação entre o ranking de competitividade geral de um país e sua imagem internacional como um lugar para se fazer negócios .
Os executivos de Cingapura são os mais obstinados sobre a imagem de seu país no exterior, enquanto os da Irlanda, Chile, Catar e Coreia do Sul estão muito melhores nesse critério do que no ranking em geral.
Em contraste, executivos dos EUA, França, Taiwan e Polônia estão muito mais pessimistas sobre a imagem internacional de seus países. Os resultados nos EUA podem refletir os conflitos internacionais e a paralisia política, domesticamente, enquanto as percepções da França continuam a ser pintadas por reformas vagarosas e as atitudes negativas do país em relação à globalização.
O ranking do Anuário Mundial de Competitividade (World Competitiveness Yearbook) do IMD reflete mais de 300 critérios, baseados em indicadores estatísticos e em uma pesquisa do IMD com 4,3 mil executivos internacionais.