.jpg?w=730)
Sede do Instituto Caldeira, em Porto Alegre. Foto: Instagram/reprodução.
O Instituto Caldeira, principal hub de inovação de Porto Alegre que segue fortemente afetado pela enchente em sua sede, fechou uma parceria com o Tecnopuc, parque científico e tecnológico da PUCRS, para oferecer espaços de trabalho às empresas residentes.
Para utilizar o espaço físico com o viável e infraestrutura de luz e Internet nos próximos dias, os interessados devem se cadastrar neste formulário.
Todas as programações e eventos do Caldeira estão canceladas por tempo indeterminado. Segundo a direção, ainda não é possível nem precisar a dimensão dos estragos.
"O Instituto Caldeira foi duramente impactado. Temos áreas com quase dois metros de água. Ainda não conseguimos medir efetivamente o tamanho da destruição porque estamos sem o ao Instituto”, conta Pedro Valério, diretor executivo do Instituto Caldeira.
O Caldeira fica a poucos metros do Rio Jacuí, um dos que mais subiram de nível no Rio Grande do Sul nos últimos dias, chegando a mais de cinco metros.
Na sexta-feira, 6, uma comporta localizada a menos de 1 quilômetro do Instituto foi rompida pela força das águas, inundando rapidamente toda a região, inclusive o Aeroporto Salgado Filho.
O Instituto Caldeira abriga atualmente mais de 130 companhias residentes e startups, além de instituições do poder público e universidades, a maior parte no andar térreo. No tour virtual do local, é possível ter uma ideia da estrutura impactada.
No total, o hub conta hoje com 22 mil m², que se dividem em 20 salas de reunião, quatro locais para eventos on-line e presenciais, mais de 120 postos para coworking, além da arquibancada principal e de setores de lazer. Pelo menos 1,5 mil pessoas circulam diariamente pelo local.
Segundo o diretor do Instituto Caldeira, o foco agora está 100% em proteger vidas, ajudar de alguma forma as pessoas que tiveram suas casas destruídas e ajudar no acolhimento aos desabrigados neste momento de muita tristeza para toda a sociedade gaúcha.
“Estamos fazendo uma série de articulações junto às autoridades e aos membros da Comunidade Caldeira no que diz respeito a o a recursos financeiros, tecnologia e uma série de outras iniciativas. Estamos tentando, junto aos nossos parceiros nacionais e internacionais, dar visibilidade para o tamanho do desafio que o Rio Grande do Sul terá nessa reconstrução. Sabemos que vai ser um desafio gigantesco, mas faremos isso quantas vezes for necessário. Estamos empenhados nessa reconstrução, e essa tragédia não vai nos parar", afirma Valério.
O Instituto Caldeira foi inaugurado em 2021, em um projeto liderado pela nata empresarial gaúcha, representada por nomes como Jorge Gerdau Johannpeter, famílias Renner, Ling, Goldstein e Herrmann.
A lista de residentes conta com empresas tradicionais, como Renner, Sicredi, Panvel, Vulcabras Azaleia, Banrisul, RBS e Randon, e da nova economia, como Agi, 4all, Nelogica, Banco Topázio, SafeWeb, Zenvia, Meta e StartSe.
O local também sedia programas de desenvolvimento de startups, eventos e o Campus Caldeira, dedicado a operações de ensino superior e profissionalizante.
Em março deste ano, o Instituto anunciou a duplicação da sua área total, ampliando o espaço de 22 mil para 55 mil metros quadrados, com um aporte de R$ 120 milhões.
Só em 2023, o hub faturou R$ 25 milhões e reinveste toda sua receita na operação.