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Este é o NanosatcC-BR1. Foto: divulgação.
O Polo Espacial Gaúcho anunciou nesta quinta-feira, 03, o lançamento do NanosatcC-BR1, o primeiro nanossatélite produzido no Estado, voltado a projetos de monitoramento aéreo.
O artefato, desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) em parceria com o (Inpe), teve recentemente a sua fase de testes concluída e está a caminho da Holanda para uma nova etapa, antes do lançamento na Rússia, previsto para 19 de junho.
O NanosatC-Br1 é um satélite científico com formato cúbico (cubesat) com pouco mais de um quilo e produzido em parceria entre o CRS, do Inpe e da UFSM. O equipamento porta dois instrumentos, um magnetômetro e um detector de partículas de precipitação.
Para a etapa de conclusão do satélite, a Secretaria de Ciência, Inovação e Tecnologia está negociando com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação a liberação de R$ 1,25 milhão.
Estes componentes monitoram em tempo real o geoespaço, para o estudo da precipitação de partículas e de distúrbios na magnetosfera sobre o território nacional.
Na sede do Inpe, em Santa Maria, fica o Centro de Rastreio e Controle do nanossatélite, responsável pela comunicação com o artefato. Segundo a instituição, o local tem estrutura para rastrear uma grande quantidade de satélites, e não apenas os desenvolvidos internamente.
"Uma coisa é o satélite ser lançado em órbita. Outra é a estrutura necessária na terra para que ocorra a comunicação com o nanossatélite", afirma o chefe do Centro Regional Sul (CRS/Inpe), Adriano Petry.
Para Cleber Prodanov, titular da SCIT, o lançamento do NanosatC-Br1 é mais uma iniciativa que se soma às ações do Polo Espacial Gaúcho, que foi criado na metade de 2013, após uma missão do governo do estado à Israel.
“Junto a UFSM e o Inpe, estamos desenvolvendo ações que possibilitem a ampliação de especialista na área. Como o lançamento do curso de Engenharia Espacial na Universidade Federal de Santa Maria, previsto para iniciar em 2015, com verba que estamos trabalhando junto ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação para investimentos ”, disse Prodanov.
Embora o projeto da UFSM já esteja em desenvolvimento há cerca de dois anos, nos últimos meses as atenções do Polo estavam voltadas ao projeto da portoalegrense AEL Sistemas, que ancorou em nome do Polo o projeto de um Microssatélite para o edital Inova Aerodefesa, da Finep.
No entanto, do valor inicialmente solicitado de R$ 43 milhões, o projeto recebeu apenas R$ 5 milhões. Segundo comunicado da AEL em fevereiro, e empresa e outros parceiros estão buscando alternativas de financiamento para dar prosseguimento ao projeto.
Segundo informações da assessoria da SCIT, ambos os projetos fazem parte do quadro do Polo Espacial, e prosseguem de forma independente entre si.