
Marcos Antônio Perez, CEO da Digisystem.
A Digisystem, integradora de tecnologia sediada em São Paulo, investiu pesado para reestruturar sua operação e acelerar os resultados em 2018.
A companhia investiu R$ 8 milhões em contratações e marketing para reforçar as verticais de saúde e IBM, com a meta de crescer 44% em 2019, atingindo um faturamento de R$ 91 milhões.
É um ritmo bem acima do registrado em 2018, quando a companhia cresceu 8%, para R$ 63 milhões.
Na vertical de saúde, a Digisystem trouxe Mendel Sanger para o comando da área, com o cargo de diretor executivo.
Sanger tocou por 30 anos a HQS, uma companhia especializada em soluções Oracle e Phillips para a área de saúde, incluindo o Tasy, software de gestão de hospitais brasileiro adquirido pela multinacional holandesa em 2011.
O profissional foi contratado junto com uma parte da equipe da HQS. A Digisystem investiu em academias de tecnologia da Phillips para 40 colaboradores. O investimento total chega a R$ 2 milhões.
Outra área foco é de tecnologia IBM, no qual a Digisystem quer se posicionar como um player no novo portfólio da multinacional, em soluções como a plataforma de inteligência artificial Watson, ou produtos focados em IoT e automação de processos.
A empresa também trouxe um profissional de fora para liderar a área, com o cargo de diretor executivo: Alexandro Croce, ex-Certsys, uma parceira IBM de médio porte em São Paulo. O investimento em equipe e qualificações foi de R$ 3,5 milhões.
A empresa também mexeu no seu marketing, com a contratação para a diretoria de Renata Mello, executiva com agem pela gerência de marketing da Samsung e Seara. Ela deve comandar um investimento de R$ 1,5 milhão na área.
Fechando as contratações, a Digisystem trouxe ainda Eduardo Santana, ex-CIO da Axismed, empresa de gestão de saúde da Telefônica, para assumir a diretoria executiva de desenvolvimento de negócios.
“Nós estamos no mercado há quase 30 anos e para fazer isso é preciso saber se reposicionar na hora certa”, resume Marcos Antônio Perez, CEO da Digisystem.
Como muitas empresas da sua geração, a Digisystem começou no mercado oferecendo redes com tecnologia Novell para empresas que estavam começando a se informatizar, entrando depois no mundo Microsoft.
A empresa ainda mantém desta época um volume importante de contratos de e, assim como um negócio de oferecimento de infraestrutura na nuvem de empresas como AWS, Oracle, Microsoft e IBM.
A companhia já faz parte do ranking da Deloitte que indica as 250 pequenas e médias empresas (PMEs) que mais crescem no Brasil, na categoria de TI, informática e internet.
As quatro áreas são atendidas por 600 profissionais atuando em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Ceará, Maranhão, Amazonas, Piauí, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Ao todo, a empresa tem mais de 300 clientes.
“O mundo de TI está mudando de projetos grandes e longos para um universo no qual os fornecedores precisam trabalhar com volume, velocidade e margens estreitas. Nós estamos preparados”, aponta Perez.