A Apple anunciou em seu site nesta quarta-feira, 05, a morte do fundador da empresa, Steve Jobs, aos 56 anos.
O executivo fora diagnosticado com um raro tumor pancreático em 2003 e vinha lutando contra o câncer desde então.
Jobs havia renunciado ao cargo de presidente executivo da companhia em agosto, afirmando que não estava mais em condições de comandar a empresa.
O diretor de Vendas e Operações, Tim Cook, assumiu como novo CEO.
O falecimento acontece um dia após o lançamento do iPhone 4S, um dos poucos sem a participação do carismático executivo.
Quando Jobs retornou ao comando da companhia, em 1997, a Apple era dada como uma empresa prestes a desaparecer.
Com uma série de lançamentos que ditaram tendências de mercado como o iPod, o iPhone e o iPad, Jobs recolocou a empresa na ribalta do mundo da tecnologia.
Em suas últimas semanas na Apple, Jobs viu a companhia chegar, pela primeira vez em seus 35 anos de história, ao posto de maior empresa do mundo em capitalização de mercado, e entre as 10 marcas mais valiosas do mundo, ultraando nome como Disney.
Além disso, a expectativa de receita anual para 2011 da Apple é de US$ 100 bilhões.
Confira a nota da Apple:
"Apple perdeu um visionário e criativo gênio, e o mundo perdeu um ser humano fantástico. Aqueles entre nós que foram sortudos o bastante de terem conhecido e trabalhado com Steve perderam um amigo querido e um mentor inspirador. Steve deixa uma companhia que só ele poderia ter construído, e seu espírito sempre será a fundação da Apple."
Idas e vindas na Apple
Jobs era budista, filho de pais adotivos, e não concluiu a faculdade.
Ele criou a Apple Computer com seu amigo Steve Wozniak no final da década de 1970. Logo a empresa lançaria o computador Apple 1.
Mas foi o Apple II que se tornou um enorme sucesso e deu à Apple um lugar essencial na então nascente indústria dos computadores pessoais, culminando, em 1980, com uma oferta pública inicial de ações que deixou Jobs milionário.
Apesar do subsequente sucesso do Mac, a relação de Jobs com os diretores e conselheiros se degenerou. A empresa cassou a maioria dos seus poderes, e o demitiu em 1985.
A Apple entrou em declínio a partir de então. Até que, em 1997, adquiriu a Next, uma empresa de computadores que Jobs criou após deixar a Apple. Jobs estava de volta, e no mesmo ano se tornaria CEO interino. Em 2000, a empresa retirou o "interino" do título.
Nesse ínterim, Jobs revolucionou a animação computadorizada com a outra empresa, a Pixar.
Dos estúdios da companhia saíram franquias como Toy Story e Carros, e os títulos Os Incríveis, Wall-E e Procurando Nemo.
“Ele mudou o mundo”
Afamado como executivo excêntrico e, por vezes, linha dura com a sua equipe, Jobs foi o personagem de declarações de iração na indústria de tecnologia, e até do presidente Barack Obama, ao longo da noite de quarta-feira.
“Ele mudou o modo como cada um de nós vê o mundo”, declarou o presidente dos Estados Unidos, em uma nova nota.
Lamentando o fim de um relacionamento de 30 anos, o rival Bill Gates escreveu em seu blog: “nós fomos colegas, competidores e amigos por mais da metade das nossas vidas. O mundo raramente vê alguém que teve um profundo impacto, Steve teve, e será sentido por gerações”.
Mark Zuckerberg (Facebook), Steve Ballmer (Microsoft), Larry Page e Sergey Brin (Google) também deram suas condolências publicamente.
A Apple encerrou 2010 com 49 mil funcionários. Eram aproximadamente 8.500 no começo da década ada.
Maurício Renner 5wt6n
Editor at Baguete Diário