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Saúde em dispositivos móveis crescerá, diz pesquisa. Foto: reprodução.
Um relatório publicado pela Research and Markets aponta que o mercado de aplicativos móveis e dispositivos voltados à saúde terá crescimento anual de 61%, atingindo em 2017 a marca dos US$ 26 bilhões de dólares em receita.
Realizada junto a 324 pessoas "líderes de opinião", a pesquisa também constatou que cerca de 50% de usuários de tablets e smartphones baixarão aplicativos de saúde móvel (mHealth) nos próximos cinco anos.
Só para ter uma comparação, até 2012, apenas 11% dos usuários de celular e 19% de donos de smartphones tinham apps deste tipo em seus dispositivos, de acordo com dados da Pew Internet. A informação é do CRN Brasil.
Para a Research, os aplicativos primeiramente marcarão presença em meio a canais de distribuição tradicionais de saúde, como clínicas e planos de saúde. Depois disso, apps focarão em doenças crônicas, o que dará o pontapé para outras aplicações do gênero.
Conforme aponta o relatório, o mercado agora está na fase de comercialização, com criação e aumento de ofertas. A próxima fase ainda está distante, pois envolve o início do uso dos apps no tratamento efetivo dos médicos, uma questão que ainda pende de regulações das organizações médicas.
No entanto, como aponta o estudo, os obstáculos estão na integração dos apps com os sistemas de saúde em geral, com o workflow clínico, pagamentos e os registros eletrônicos de saúde.
John Moore, fundador e CEO da Chilmark Research, que também estuda o mercado móvel de saúde, a transição para os novos métodos de reembolso pode remodelar a atitude dos médicos acerca da saúde móvel.
“Estamos indo ao encontro de um modelo de cuidado, onde os provedores estão tomando os riscos financeiros e com isso vemos inúmeras organizações monitorando pacientes que estão fora de seus centros de cuidados. Mas tudo é muito preliminar – são programas pilotos. Ainda não houve grandes resultados de nada disso”, afirmou.
Mesmo que a previsão da Research and Markets sobre os aplicativos mHealth vingar, Moore continuou, a maioria desses aplicativos continuará a ser apenas de referência médica e programas de exercício/ bem-estar.
“A grande maioria não será integrada (com tratamentos médicos)”, afirmou.