
A Microsoft deixou de ser uma das patrocinadoras do LinuxCon Brasil, primeira edição da feira internacional de software livre no país marcada para acontecer no World Trade Center em São Paulo entre 31 de agosto a 1 de setembro.
O logotipo de multinacional já não está entre os patrocinadores Platinum - permanecem Globo.com e Intel - e o keynote de Sandy Gupta, diretor de Estratégias de Plataforma da Microsoft já não consta da agenda.
O Baguete Diário entrou em contato com a organização do evento, promovido pela organização sem fins lucrativos Linux Foundation para saber mais detalhes, mais ainda não obteve retorno.
A participação da Microsoft dividiu opiniões em listas de discussão ligadas ao software livre entre os que elogiaram o "pragmatismo" da decisão e que condenaram a "incoerência ideológica" dos organizadores.
A Microsoft não é a única empresa a trabalhar com código fechado a patrocinar o evento. A exemplo do que acontece em outros países, a Oracle – que nesta semana entrou com uma ação judicial contra o Google e supostamente encerrou o OpenSolaris – está entre os patrocinadores.
No Fisl 7.0
Não é a primeira vez que a Microsoft busca participar em eventos ligados à comunidade do software livre. Na sétima edição do Fórum do Software Livre, realizado em Porto Alegre em 2006, compareceram executivos da multinacional.
Indiretamente, é verdade. Roberto Prado, gerente de Estratégia de Mercado da Microsoft Brasil, foi entrevistado em um estante da Infomedia TV no local, aparentemente, sem convite da organização do evento.
A presença de Prado atraiu a atenção de freqüentadores do Fisl e uma intervenção de do guru Richard Stallman, que aproveitou o fato de ser 21 de abril para repetir aos gritos repetia o bordão inconfidente “Libertas quae sera tamen”.