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Operadoras investirão alto em carrier ethernet. Foto: divulgação.
As operadoras nacionais destinarão cerca de R$ 700 milhões em investimentos na compra de infraestrutura de redes inteligentes, as carrier ethernet.
A informação é da RAD do Brasil, empresa de equipamentos de telecom, que comemorou o investimento e destacou que ele representará um impulso da ordem de 70% nas aquisições desse tipo de rede no Brasil.
Em contrapartida, as operadoras deverão atingir um patamar inédito, na casa dos 3 bilhões/ano em receitas originadas com a entrega de serviços empresariais sofisticados.
De acordo com Valter Teixeira, especialista em tecnologias de o para operadoras e diretor da RAD do Brasil, este grande salto nas vendas foi comemorado pelos fabricantes de rede que participaram esta semana da Futurecom 2013, evento realizado no Rio de Janeiro esta semana que reuniu cerca de 12 mil profissionais do segmento.
"Até o final de 2012, o foco de negócios das concessionárias de telecom estava quase integralmente concentrado nas vendas de produtos para o usuário residencial e para a entrega de serviços convencionais de banda larga ou telefonia para empresas", observa Teixeira.
Para o analista, a saturação dos negócios nestes segmentos tradicionais voltará a atenção do setor para a criação de ofertas mais complexas, como a de redes empresariais inteligentes com tarifação por tipo e qualidade de tráfego.
As novas ofertas envolvem serviços aferidos por Nível Conforme Contrato (ou SLA, na sigla em inglês) e redes para centrais de dados baseadas em estrutura em nuvem (cloud computing).
"Esta modalidade de serviços está apenas estreando por aqui, mas já explodiu há cinco anos na Europa e EUA e hoje garante aos fabricantes de redes uma receita global de 34 bilhões de dólares, segundo dados da consultoria Ovum", comenta o diretor da RAD.
Valter Teixeira avalia que a corrida por estes novos nichos começou de forma surpreendente no Brasil, deixando as operadoras locais com pouco tempo para se preparar para a venda de serviços de classe diferencial.
"Se até muito recentemente era possível extrair lucro da venda de banda de agem baseada apenas em largura, agora o jogo está inteiramente mudado. Quem não tiver inteligência na rede irá perder o momento", completa o especialista.