
Larry Ellison.
A Oracle acaba de lançar um serviço de migração de aplicações para a nuvem com a promessa de reduzir o tempo e o investimento no processo em 30%, com um prazo de projeto de até 5 meses.
A oferta começa pelos produtos E-Business Suite, PeopleSoft e Hyperion interessados em migrar para o Oracle ERP Cloud, Oracle SCM Cloud e Oracle EPM Cloud.
Em breve, deve ser possível também migrar essas aplicações para o Oracle HCM Cloud e do Siebel para o Oracle CX.
De acordo com o CTO e presidente da Oracle, Larry Ellison, o chamado Soar fará com que seja mais fácil migrar para as aplicações da nuvem da companhia do que era “fazer um upgrade do E-Business Suite”.
“Muitas das transições tediosas que as pessoas faziam manualmente foram automatizadas”, garante Ellison. “Se você escolher o Soar, será o último upgrade que você já fez”, promete o CEO.
De acordo com o executivo, seis mil empresas já são clientes do ERP da Oracle na nuvem, quatro mil delas em produção.
O processo começa com uma avaliação da quantidade de customizações em uma implantação que podem ser reproduzidas na nuvem. Em seguida, é a vez das configurações, incluindo uso de memória, disco e número de usuários.
De acordo com a Oracle, 100 aceleradores de integração estão disponíveis para conexão com aplicações terceiras, como SAP e Salesforce.
Ao que tudo indica, a Oracle está determinada a alavancar sua presença na nuvem, em um momento em que o número de competidores no mercado de nuvem pública está se reduzindo.
No seu último Quadrante Mágico para Infraestrutura como Serviço (IaaS), o Gartner cortou oito competidores, deixando apenas Amazon Web Services e Microsoft na liderança isolada, seguida de longe pelo Google.
Oracle, IBM e Alibaba Cloud estão embolados na categoria players de nicho. Ninguém é citado nos dois outros quadrantes.
Para não ficar de fora, a Oracle está combinando incentivos como o Soar com pressão sobre os clientes, dentro do velho estilo “uma no cravo outra na ferradura”.
Em seu relatório, o Gartner afirma que o Oracle às vezes usa “táticas de venda de alta pressão” para vender sua oferta de nuvem, incluindo “auditorias de software ou ameaças de aumentar os custos dos bancos de dados caso o cliente escolha outro provedor”.