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Foto: Divulgação
A Pernambucanas, uma das maiores varejistas do Brasil, irá encerrar sua atuação no nicho de celulares e smartphones.
“A competição com o mercado cinza inviabilizou o negócio de celulares na Pernambucanas”, afirmou um executivo de um grande fabricante do setor ao NeoFeed.
O segmento diz respeito ao mercado de produtos que entram ilegalmente no Brasil e os comercializam a preços mais baixos. Apenas no ano ado, essa área foi responsável pela venda de 6,2 milhões de dispositivos, o dobro do registrado em 2022.
Outro motivo, seria a popularização do comércio eletrônico como resultado da pandemia, que também oferece preços mais competitivos.
Entre eles, estão os grandes marketplaces e players chineses, que muitas vezes revendem celulares piratas, conforme reconhece a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).
Em um posicionamento enviado ao Neofeed, a Pernambucanas disse que “o movimento faz parte de uma estratégia contínua e ampla de negócios, que visa a eficiência e investimentos em produtos de maior margem e retorno para a companhia”.
Com isso, serão fechados quiosques e espaços nas mais de 500 lojas da marca dedicados à categoria.
A decisão surge logo após a empresa ar por um remanejamento em seu comando, com a chegada de Marcelo Labuto, que assumiu como CEO no lugar de Sérgio Borriello, executivo que esteve à frente da companhia por sete anos.
Com 115 anos de atuação, a Pernambucanas está presente em mais de 340 cidades, em 15 estados e no Distrito Federal, com mais de 500 lojas e cerca de 14 mil colaboradores.
Além do varejo, a companhia tem a sua fintech, a Pefisa, braço financeiro do grupo, responsável pelo desenvolvimento e gestão de produtos como conta digital, Pix, carteira digital, cartões, empréstimo pessoal e seguros.
Ao todo, a empresa encerrou 2023 com uma receita consolidada de R$ 5,1 bilhões.