
Estado libera pacote de investimentos em inovação. Foto: Claudio Fachel/Palácio Piratini.
O governador Tarso Genro assinou na tarde desta quinta-feira, no Palácio Piratini, um pacote de investimentos para o fomento da pesquisa e inovação no Rio Grande do Sul, em um valor total de R$ 89 milhões.
O montante servirá para fomentar áreas estratégicas como polos e parques tecnológicos, incubadoras, redes de universidades-empresas e indústria criativa, além da pesquisa e da formação de recursos humanos.
Os treze editais, que serão publicados nos próximos dias, são da Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico (SCIT) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs).
Dentro do âmbito das TICs, os recursos da SCIT serão destinados a programas de investimentos em polos tecnológicos (R$ 17 milhões), parques tecnológicos (R$ 14,7 milhões), incubadoras de case tecnológica e indústria criativa, pelo programa RS Tecnópole (R$ 5,6 milhões).
Atualmente o estado conta com 15 parques, 26 polos e 19 incubadoras credenciadas, segundo números da SCIT.
Além disso, no pacote da secretaria estão aportes para a Rede Riograndense de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (R$ 2,2 milhões) e Indústria Criativa (4,4 milhões).
Da Fapergs, o volume de recursos chega a R$ 45 milhões, voltados para programas de pesquisas e bolsas de iniciação científica, pós-graduação, pós-doutorado e outros programas científicos.
Por exemplo, o Programa Pesquisador Gaúcho receberá R$ 8 milhões, enquanto pesquisas para o Programa de Pesquisas para o SUS serão R$ 7,5 milhões.
De acordo com o titular da SCIT, Cleber Prodanov, o lançamento dos editais marca "uma grande virada", representando um avançio ao setor produtivo gaúcho a partir da transferência de tecnologia e de conhecimento.
"Este pacote parte da premissa da pesquisa e inovação, mas as empresas cumprirão um papel importante neste processo, nos parques e no apoio ao desenvolvimento de soluções melhorando sua produtividade e competitividade", diz Prodanov.
Quantos à distribuição dos investimentos na área de tecnologia, o secretário adianta que os editais preveem um diálogo entre as linhas de pesquisa, estudantes de TI e a iniciativa privada.
"As TICs são transversais, o que pode permitir que uma pesquisa na área da agricultura, por exemplo, possa contar com a participação de desenvolvedores de software. Elaboramos editais abrangentes para que tenhamos este tipo de conversa entre os projetos", completa.
VIZINHANÇA
Coincidentemente, também nesta quinta-feira, o governo de Santa Catarina lançou sua iniciativa de investimentos na área.
O projeto Rede Catarinense de Inovação terá investimento de R$ 40 milhões para construção de centros em 10 cidades pólo do estado para abrigar incubadoras de tecnologia, laboratórios de pesquisa, estruturas para treinamentos e educação profissionalizante.
A lista de municípios inclui Florianópolis, ville, Blumenau, Criciúma, Chapecó, Itajaí, Jaraguá do Sul, Joaçaba, São Bento do Sul e Lages – neste último, o centro de pesquisa já está em construção.