
Agência do Santander. Foto: Divulgação.
O Santander recebeu uma multa de R$ 5,3 milhões pelo o que a fiscalização do Ministério do Trabalho considerou “cobrança abusiva de metas”, incluindo mecanismos como “exposição de resultados por meio de rankings, murais nas agências, reuniões, mensagens”.
A fiscalização inspecionou 51 agências em Belo Horizonte e duas na região metropolitana entre março e agosto. As práticas foram consideradas “assédio moral” e, junto com excessos de horas de trabalho, renderam a multa.
“Num total de 81 entrevistas realizadas com trabalhadores, 70% deles relataram sofrer ameaça de demissão por não cumprimento de metas, 66% consideram a meta cobrada excessiva e mais de 45% não conseguem atender as metas habitualmente”, afirma a auditora-fiscal Odete Reis, que participou da operação da equipe do Projeto Intervenções em Bancos e Teleatendimento da Superintendência Regional do Trabalho de Minas Gerais.
Segundo a auditora, o banco não levava em conta na sua política de produtividade “os riscos à saúde dos trabalhadores e não adotava medidas para seu controle, eliminação ou minimização”.