
Bernardo Gomes. Foto: divulgação.
A Senior Solution, desenvolvedora de softwares com especialidade em soluções para o setor financeiro, receberá um financiamento de R$ 14,8 milhões junto ao BNDES para a criação e aprimoramento de softwares para a companhia.
Os recursos são provenientes do Prosoft, programa de estímulo ao setor de TI, e compõem o quinto financiamento que a companhia paulista recebe do banco estatal, que é o segundo maior acionista da empresa, com 11,4%, atrás apenas dos fundadores Bernardo Gomes e Antonio Luciano de Camargo Filho, que possuem juntos 22,5%.
Além disso, com a gordura em caixa, a empresa pretende usar fundos para aquisições, uma das estratégias definidas pela empresas para impulsionar seu crescimento no mercado nacional.
No primeiro semestre, a empresa teve receita de R$ 34,3 milhões, alta de 61% em relação ao mesmo período de 2013. Apenas no segundo trimestre deste ano, a receita líquida cresceu 52%.
A nova operação com o BNDES tem prazo de amortização de quatro anos e carência de dois anos. A taxa de juro é TJLP mais 1,1% ao ano.
Conforme destacou Bernardo Gomes, presidente e um dos fundadores da Senior Solution, a companhia mapeou mais de cem empresas de software como potenciais aquisições e o maior interesse é por aquelas que atuam em segmentos complementares. Entre 2005 e 2013, a Senior Solution comprou seis empresas.
A última adquirida foi Drive, desenvolvedora de programas para gestoras de recursos. A compra, fechada em junho do ano ado, custou R$ 15 milhões à Senior Solution.
Para sair às compras, a empresa deve usar o dinheiro levantado na oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) que a companhia fez na Bovespa. No processo, a companhia levantou R$ 60 milhões - desse dinheiro, R$ 40 milhões foram para o caixa da empresa.
O financiamento junto à Senior Solution é um novo indício da atenção que o BNDES vem dando ao setor de TI. No último ano, diversas companhias grandes do setor recorreram ao banco estatal para buscar fundos para suas operações.
Em setembro do ano ado, o banco liberou R$ 658 milhões para a Totvs, maior aporte já contratado pela empresa junto ao banco. Voltado ao desenvolvimento de soluções internas, como o Fluig, o aporte superou os R$ 404,5 milhões contratados em 2008 para a compra da Datasul.
Outra foi a Linx, especializada em softwares para varejo, que recebeu crédito de R$ 102,8 milhões para ações em infraestrutura, P&D, marketing e vendas. Este ano a empresa adquiriu as empresas Big Sistemas, especializada em varejo para farmácias, por R$ 38,7 milhões, e a mineira Rezende Sistemas, por R$ 49,9 milhões.