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Jorge Sukarie, presidente da Abes. Foto: divulgação
A indústria brasileira de software e serviços movimentou US$ 27,178 bilhões em 2012, contando as exportações, aumento de 26,7% em relação a 2011, segundo estudo do IDC e Abes.
Em uma avaliação global, o mercado brasileiro de TI (software, serviços e hardware) cresceu 41,6% no ano ado e se posicionou na 7ª posição do ranking internacional, na frente de países como Canadá, Austrália e Índia.
Com isso, a TI brasileira representa 49,1% do que movimenta toda a América Latina, com US$ 60,2 bilhões, enquanto a região totaliza US$ 122 bilhões.
O país representa 3% do mercado mundial de TI e possui 72,6 milhões de computadores instalados, além de 52 milhões de usuários de internet por meio de PCs e Notebooks.
SEGMENTAÇÃO
Em 2012, o segmento de aplicativos representou 42,2% do mercado de software brasileiro, seguido dos sistemas para ambientes de desenvolvimento, com 31,1% de participação; soluções de infraestrutura e segurança, com 23,8%; e software para exportação, 1,9%.
COMPRADORES
Entre os três principais consumidores de software no país ficaram os setores de finanças com 25% de participação; serviços e telecom, com 24,8%, e indústria, com 18,6%.
TENDÊNCIAS
De acordo com o estudo, de 2013 a 2020, 90% do crescimento do mercado de TI mundial será direcionado para tecnologias mobile, social business, big data e cloud services, segmentos que em 2012 representaram não mais do que 22% dos investimentos globais.
Além disso, 80% dos esforços de competitividade serão focados no fomento às ofertas e capacitação das soluções para essas tecnologias, aponta o IDC.
No segmento de hardware, a pesquisa aponta que os devices móveis crescerão mais que os PCs até o final de 2013.
“O Brasil já é um país de 265 milhões de aparelhos celulares, segundo dados da Anatel. Esta grande demanda é uma boa oportunidade paras as desenvolvedoras brasileiras de aplicativos para esses aparelhos”, comenta Jorge Sukarie, presidente da Abes.
GOVERNO CONCORRENTE
Como demandas em aberto para fomentar o crescimento da indústria de TI brasileira, o gestor aponta mais apoio do governo como a maior delas.
Para ele, o setor precisa obter “uma ampla disponibilidade” de recursos para Inovação e fomento, modernização nas relações de trabalho, ampliação da formação de profissionais, além de uma solução para as questões tributárias.
“Propomos que o governo trate a TI como segmento estratégico em todas as esferas e seja o maior comprador de tecnologia nacional e não o maior concorrente do setor”, finaliza Sukarie.