
Os salários em São Paulo são, em média, 30% maiores que em SC para juniors, plenos e sênior. Foto: Pexels.
O estado de Santa Catarina, dono de uma das maiores concentrações de startups de tecnologia do país, ainda tem salários significativamente mais baixos que os pagos em São Paulo, o maior mercado do Brasil.
É o que aparece em uma pesquisa com 850 profissionais feita pelas startups GeekHunter e a Gama Academy, na qual Santa Catarina e São Paulo respondem juntos por mais de 70%, com metade para cada lado.
O terceiro estado em respostas, Minas Gerais, tem apenas 15% e todos os demais juntos 10%.
Os salários pagos em São Paulo são, em média, 30% maiores nas faixas de estagiários, juniors, plenos e sênior, ficando um pouco mais próximos quando os pesquisados estão em nível master, com uma distância de 19%.
Assim, um estagiário em São Paulo ganha em média R$ 1,3 mil, contra R$ 1,088 de um catarinense; para um profissional júnior a comparação é R$ 3,375 x R$ 3,093; para um pleno R$ 5,492 x R$ 3,853; para um sênior R$ 7,680 x R$ 5,648 e para um master R$ 9,426 x R$ 7,654.
Apesar de não ter dados representativos em termos nacionais, a pesquisa tem um foco bastante delimitado em startups: a maior parte da mostra de empresas pequenas (39% tem de 1 a 10 colaboradores, 37% ficam na faixa dos 11 a 50) e quase a metade foram fundadas entre 2012 e 2014.
Em termos de foco de atuação, o maior grupo de respondentes foi o de desenvolvedores full stack, com 29%, seguido de perto por back end, com 28%.
Atrás estão 12% de front end e participações decrescentes abaixo de 10% para gerente de projetos, mobile, QA, DevOps, BI, data scientist e DBAs, respectivamente.
Nas três faixas com mais informações disponíveis, as cinco faixas salariais (de estagiário a master), são as seguintes:
Back-end: R$ 1,176, R$ 3,098, R$ 4,806, R$ 6,940 e R$ 8,583.
Frond-end: R$ 1,125, R$ 2,763, R$ 4,500, R$ 6,250 e R$ 8,214.
Full-stack: R$ 1,115, R$ 2,913, R$ 4,542, R$ 6,682 e R$ 8,833.
Em termos de benefícios, as startups não estão oferecendo muita coisa.
A grande maioria dos respondentes (90% e 80%) disseram dispor de horário flexível e não terem um dress code, o que já é esperado nesse segmento (comida grátis, outro chavão, ficaram só com 30%).
Outros 70% afirmaram ter vale transporte, 60% disseram ter planos de saúde e um pouco mais da metade vale refeição, benefícios típicos em empresas tradicionais.