
GVT pode ser da Telefônica. Foto: divulgação.
A Telefônica Brasil fez uma oferta de compra de R$ 20,1 bilhões para adquirir 100% do controle acionário da GVT, operadora nacional de telefonia fixa e TV que pertence ao grupo francês Vivendi.
Segundo destacou a Telefônica em nota, a oferta consiste no pagamento de R$ 11,962 bilhões em dinheiro, e parte em ações de emissão da operadora, representativas de 12% do capital social desta após a aquisição da GVT.
Além disso, segundo destaca a Reuters, para cortar o custo do acordo, a Telefónica ofereceu à Vivendi a chance de adquirir 8,3% de participação na Telecom Italia, empresa agora controlada pela Telefónica, multinacional espanhola que controla a Vivo no Brasil.
Agora a decisão fica nas mãos da Vivendi, que tem até 03 de setembro para definir se vende ou não a GVT. Além disso, a oferta está sujeita às autoridades regulatórias como o Cade e Anatel.
O que se sabe, no entanto, é que recentemente a multinacional sa havia recuado em suas tentativas de vender a GVT, que vinham desde 2012. Na época, a empresa não tinha recebido ofertas à altura dos € 7 bilhões (R$ 21,3 bilhões) pedidos.
"Falamos desde o início que não venderemos bens à preços de banana. A GVT é um bom ativo e continuaremos a desenvolvê-la", afirmou um porta-voz da empresa em março do ano ado.
Recentemente, rumores de uma possível fusão entre a GVT e TIM foram levantados por fontes de mercado, devido ao ime em que a TIM está envolvida depois que a telecom espanhola assumiu controle acionário da Telecom Itália.
A junção com a GVT era uma saída para a TIM, ao invés de ser dividida - ou "fatiada como salame", como afirmaram ironicamente executivos da TIM - em partes iguais para as concorrentes Claro, Vivo e Oi, devido determinação da Anatel.
Segundo analistas, o Brasil é um mercado crucial para a Telefónica - a Vivo é a segunda maior operação da empresa em receita e primeira no share de telefonia móvel no Brasil. Com a absorção da estrutura da telefonia fixa e TV da GVT, a estratégia da empresa é se fortalecer ainda mais, com ofertas de telefonia, TV e banda larga integradas.
A vivo ocupa a terceira posição em telefonia fixa e internet banda larga no Brasil, com fatia de 18,4 por cento. A GVT é líder no Brasil em base de clientes de internet de alta velocidade e televisão conectada.