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Amos Genish. Foto: divulgação.
Tempo de mudanças na Telefônica Brasil. No mesmo dia em que o Cade autorizou (com ressalvas) a compra da GVT pela operadora dona da Vivo, a empresa anunciou a saída do presidente Antonio Carlos Valente, para a entrada do ex-presidente da GVT, Amos Genish.
Ao assumir a liderança do grupo, o executivo israelense terá a missão de conduzir o processo de integração entre as duas empresas, afirmou a Telefônica em nota à imprensa.
A previsão é que Ganish ocupe a posição após a conclusão da operação, o que deverá ocorrer no primeiro semestre deste ano. Até a eleição do executivo, o cargo será ocupado interinamente por Alberto Horcajo, atual diretor de finanças e de relações com investidores, que acumulará também a função de diretor-geral executivo.
Valente permanecerá como presidente não executivo do Conselho de istração da Telefónica Brasil. Além disso, o ex-presidente da Telefônica deve assumir ainda este ano um cargo de liderança do grupo na América Latina.
A mudança no quadro da Telefônica também resultou na saída de Paulo Cesar Teixeira, que deixou a presidência da Vivo. Entretanto, nem a operadora nem os executivos deram maiores detalhes sobre os motivos ou quem assumirá o cargo.
Genish nasceu em Israel e se formou bacharel em Economia pela Universidade de Tel Aviv. Em 2000, em co-fundou a GVT e, desde então, tem sido o CEO da empresa, que registra índices de cerca de 14% ano a ano. Operadora tem market share de 24% na oferta de banda larga nas cidades onde atua e 8,8% em TV por .
Valente assumiu o comando da Telefônica Brasil em 2011, e foi responsável por grandes aquisições da companhia no país, ajudando a consolidar a posição da operadora como a líder local em telefonia.
Entre os feitos de Valente estiveram a compra da participação acionária da Portugal Telecom na Vivo, fusão de operações da Telefônica (antiga Telesp) com a Vivo, e a compra da GVT, que dará à operadora o domínio de 29% da receita líquida do mercado de telefonia.
Para concluir isso, agora só falta a Telefônica atender as exigência do Cade para liberar sua fusão com a GVT. Ao submeter a oferta de aquisição da GVT, o grupo espanhol se comprometeu a transferir para a Vivendi 8,3% de sua participação na Telecom Italia.
Entretanto, para ter a aprovação plena da compra pelo Cade, a multinacional deverá vender em até quatro meses os 6,5% restantes de sua fatia acionária na companhia italiana.
A exigência tem a ver com o ime de mercado criado desde que a Telefónica comprou o controle acionário da Telco, holding que controla a Telecom Itália. Devido à legislação antitruste brasileira, a participação majoritária da Telefônica em duas operadoras - Vivo e TIM - fez a Anatel e Cade exigir providências das operadoras.