TI quer espaço exclusivo no Cais do Porto 4a4t4m

A proposta escolhida pela governadora Yeda Crusius para o Cais do Porto de Porto Alegre, da consultoria gaúcha M. Stortti Consulting Group, não agrada o setor de TI. É o que garante o presidente da Assespro-RS, Jorge Antonio Branco.

De acordo com Branco, apesar de prever a construção de duas torres de 13 andares destinadas a empresas prestadoras de serviço, o ideal seria ter um espaço pré-definido e exclusivo para TI.
29 de julho de 2008 - 18:47
TI quer espaço exclusivo no Cais do Porto
A proposta escolhida pela governadora Yeda Crusius para o Cais do Porto de Porto Alegre, da consultoria gaúcha M. Stortti Consulting Group, não agrada o setor de TI. É o que garante o presidente da Assespro-RS, Jorge Antonio Branco.

De acordo com Branco, apesar de prever a construção de duas torres de 13 andares destinadas a empresas prestadoras de serviço, o ideal seria ter um espaço pré-definido e exclusivo para TI.

“É um modelo que fortalece a imagem de cidade focada em tecnologia, assim como sinergia entre as companhias”, aponta Branco, que destaca que a idéia é defendida por entidades do setor junto a representantes do poder público desde 2005. Contatos serão com novo secretário de Desenvolvimento, Márcio Biolchi, que assumiu nesta terça, 28.

O projeto da M. Stortti, que envolve investimentos de R$ 400 milhões até 2013 e prevê também estacionamento, hotel, shopping, lojas, bares, restaurantes e um centro de convenções, é defendido por Maurêncio Stortti, diretor da consultoria.

“A ênfase no setor de TI sempre foi sinalizada pelo governo”, aponta Stortti, para quem as empresas da área devem ser uma das principais ocupantes das torres, mesmo que elas não tenham um foco específico. “O modelo de aluguel de módulos é muito atrativo para esse segmento”, aponta o consultor.

Stortti destaca o exemplo de Puerto Madero, em Buenos Aires, onde as empresas do setor de TI são maioria, mesmo sem uma política específica, assim como a experiência da consultoria na área. “Somos responsáveis pelo projeto e pela busca de recursos do Tecnoparque de Curitiba”, aponta o executivo.

Vai ou não vai

O projeto de revitalização do Cais do Porto da M. Stortti, não deve acabar na gaveta, como vem acontecendo com outros planos para o local desde 1991. Pelo menos é o que acredita Stortti.

“Temos hoje sinergia entre 12 departamentos de governo diferentes, além de capital internacional interessado em investir”, avalia Stortti. “É um cenário que não havia acontecido até agora”, completa.

A proposta da M.Stortti é uma diretriz. O próximo o agora é a abertura de uma licitação para escolher a empresa que desenvolverá o projeto definitivo, o que deve acontecer até dezembro.

O ganhador deverá investir os R$ 400 milhões estimados e entregar a obra em 2013, às vésperas da Copa do Mundo. A remuneração será a exploração comercial da área por 25 anos. A M.Stortti cobrará um valor variável desse vencedor, que pode chegar a R$ 700 mil.