
Vale decidiu apostar em máquinas menores, pelo menos na área de TI. Foto: Divulgação.
A Vale decidiu apagar o seu mainframe IBM, rodando na companhia há 35 anos, e migrar para uma arquitetura de plataforma baixa. A mudança deve gerar uma economia de R$ 6 milhões anuais.
Em nota, a Vale não chega a informar quem é o fornecedor dos novos equipamentos, apenas que eles terão custo anual de R$ 50 mil anuais.
O projeto de desligamento do mainframe tem custo total de R$ 2 milhões, que será recuperado já no próximo ano.
A migração começou no final de 2016, quando o sistema de gerenciamento de minas e o de gestão das informações dos empregados foram transferidos para novas plataformas.
Restaram no mainframe três aplicações que precisariam ser reescritas e várias que teriam de ser arquivadas por questões relativas à guarda de dados ou desligadas.
Duas aplicações foram reescritas a outra virou um módulo do Ecomex, um sistema que já era utilizado pela Vale para informações da área de comércio exterior.
Nos arquivos havia até informações sobre a folha de pagamento de empregados de 50 anos atrás.
Segundo dados divulgados pela Vale, havia aproximadamente 2 bilhões de registros no mainframe, armazenados em mil tabelas e 20 mil arquivos. Esses dados ocupavam 1 terabyte.
Com a migração, o espaço ocupado caiu para 80 gigabytes devido à melhor taxa de compressão das novas plataformas.
"Estamos aproveitando o rápido avanço da tecnologia e seu barateamento, que vem ocorrendo nos últimos anos para modernizar a infraestrutura de TI, criar uma interface mais amigável para os nossos clientes e ainda reduzir custos", explica o gerente Global de Aplicações, Anderson Biss.
A Vale começou a implantar em 2016 um programa de transformação digital com o objetivo de economizar mais de US$ 100 milhões em dois anos, ou seja, até o final deste ano.