ENGENHARIA

Ford investe em pesquisa no Brasil 3c55

04 de julho de 2022 - 09:34
Com um time de 1,5 mil profissionais agora, o centro é responsável por um terço das funcionalidades embarcadas nos veículos Ford mundialmente (Crédito: divulgação)

Com um time de 1,5 mil profissionais agora, o centro é responsável por um terço das funcionalidades embarcadas nos veículos Ford mundialmente (Crédito: divulgação)

A Ford acaba de anunciar a expansão de seus investimentos em inovação no Brasil, com a contratação de 500 novos colaboradores para o seu centro de pesquisa e desenvolvimento localizado em Camaçari, na Bahia, que ará a ter 1,5 mil funcionários.

A ampliação do time acontece em um momento em que a produção de carros nas fábricas brasileiras marcam pouco mais de um ano encerradas, devido à baixa produção e venda de veículos durante a pandemia, quando mais de 6 mil trabalhadores perderam seus empregos.

Segundo o presidente da multinacional na América do Sul, Daniel Justo, atualmente, o centro está entre os maiores e mais completos do Hemisfério Sul, atuando como uma unidade de negócios autossustentável prevista para gerar uma receita de R$ 500 milhões para a Ford em 2022.

“É um resultado significativo, que comprova que a engenharia brasileira é competitiva e vale a pena investir em pesquisa e desenvolvimento no país”, afirma Justo.

De acordo com ele, os modelos principais da marca já estão eletrificados e o objetivo é de até o fim de 2023 produzir 600 mil unidades de veículos elétricos, subindo para 2 milhões até o final de 2026. 

“Essa transformação tecnológica da indústria automotiva demanda muita força de trabalho em pesquisa e desenvolvimento, e aí entra nosso time do Brasil”, explica.

No Brasil, são 200 pesquisadores e 120 projetos em 17 estados. A Ford também tem feito mais investimentos em formação, por meio de uma parceria com o SENAI CIMATEC que oferece programas de desenvolvimento de software com 80% das vagas voltadas para famílias de baixa renda.

O Centro é um dos nove do gênero no mundo, abrigado em seis prédios de seis mil m², e possui dentre suas áreas de atuação: desenvolvimento de software, conectividade veicular, pesquisa, veículos eletrificados e autônomos, validações e testes, e o D-Ford, departamento de design voltado para identificar desejos e necessidades do consumidor, todas auxiliares no processo de desenvolvimento de novas tecnologias automotivas. 

Hoje, um terço das funcionalidades abarcadas nos veículos Ford mundialmente, relacionados à iluminação, travamento das portas, identificação do motorista, partida remota dos veículos e climatização, estão a cargo do time brasileiro. 

Ainda em março deste ano, a companhia se comprometeu a investir globalmente U$ 50 bilhões visando liderar a transição de veículos a combustão para veículos elétricos até 2026, dentro dos quais grande parte é voltada para softwares de veículos elétricos e autônomos. 

Além disso, U$ 11,4 bilhões serão destinados à construção de dois mega polos tecnológicos nos Estados Unidos para a produção de veículos elétricos em escala e baterias avançadas, o Blue Oval City e o Blue Oval SK.

Fundada em 1903 pelo engenheiro mecânico norte-americano Henry Ford, a Ford atuava no Brasil desde 1919 até  2021 na produção de automóveis.

Em 2021, a marca obteve lucro de U$ 3,3 bilhões, o qual foi revertido no primeiro trimestre de 2022 devido a um prejuízo de U$ 3,1 bilhões em decorrência de problemas na cadeia de suprimentos.

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