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Criada em 2007, startup atende 20 milhões de pedidos por ano. Foto: divulgação.
A Magazine Luiza anunciou a aquisição da AiQFome, startup de delivery de comida com sede na cidade paranaense de Maringá, marcando sua entrada em mais um segmento.
O valor da transação não foi revelado pela empresa, mas a negociação foi conduzida pela Stonecapital, escritório especializado em fusões e aquisições com sede em Caxias do Sul, na serra gaúcha, e forte presença no Paraná.
A transação de venda contou com o apoio jurídico do escritório TozziniFreire Advogados, sediado no mesmo município da Stonecapital.
Criada em 2007 por Igor Remigio (CEO) e Steph Gomides (COO), a AiQfome possui cobertura nacional, estando presente em 350 cidades de 21 estados. Seu aplicativo possui 2 milhões de clientes e 17 mil restaurantes cadastrados, com 20 milhões de pedidos atendidos por ano.
Somente no último mês, foram mais de 6 milhões de pedidos, gerando uma movimentação financeira, ou Gross Merchandise Value (GMV), em inglês, que representa R$ 700 milhões em termos anualizados.
Cada usuário faz uma média de três pedidos por mês e isso deve contribuir para o aumento de recorrência de vendas, que é parte da estratégia do aplicativo Magalu, ao qual será integrado. O app já conta com uma carteira digital, o MagaluPay, e os e-commerces de Netshoes, Zattini, Época Cosméticos e Estante Virtual.
"Esse é mais um movimento cirúrgico do Magalu para desenvolver seu ecossistema de negócios e fortalecer seu superapp. Com a aquisição, trazemos para dentro da empresa competências que ainda não possuímos", destaca Roberto Bellissimo, CFO da Magazine Luiza.
Com a aquisição, a startup poderá ganhar escala e participar, por exemplo, do LuizaLabs, laboratório de inovação da empresa que já conta com 1,3 mil desenvolvedores.
O Magalu também prestará serviço aos restaurantes cadastrados no AiQFome, que, a partir de agora, terão o ao Magalu Pagamentos, ao Magalu Entregas e a todos os outros serviços do Magalu as a Service.
Esta é a quinta aquisição da Magazine Luiza em menos de 40 dias, período no qual investiu em diferentes segmentos.
No final de julho, a Magalu adquiriu a startup HubSales, especializada em clusters, pólos de produção especializados cujas fábricas am a vender diretamente ao consumidor final por meio de plataformas digitais.
Já no início de agosto, a varejista anunciou mais duas aquisições: do Canaltech, site de tecnologia com foco em reviews de gadgets, e da plataforma de mídia on-line desenvolvida pela Inloco, startup especializada em geolocalização.
No final do mês ado, a empresa comprou a Stoq Tecnologia, startup que desenvolve sistemas de ponto de venda, mais conhecidos como POS, no modelo de Software as a Service (SaaS), além de totens de autoatendimento.
Em novembro do ano ado, a companhia havia realizado um follow-on, quando previu a realização desses negócios e levantou R$ 4,2 bilhões de reais para ar metas de crescimento exponencial.
As compras da Magazine Luiza começaram em 2013, com o site Época Cosméticos. De lá para cá, a empresa já incorporou operações como a Netshoes, de artigos esportivos, o Estante Virtual, marketplace de livros, e a Logbee, de logística.
Entre abril e junho deste ano, a Magazine Luiza reportou um prejuízo de R$ 64,5 milhões, contra um lucro líquido de R$ 386,6 milhões, divulgado um ano antes.
As vendas digitais, no entanto, trouxeram bons indicadores. No e-commerce, que representou 78,5% da receita total no período, o crescimento foi de 182%. Já no marketplace, o salto foi de 214%.