
Hackers estão sempre de capuz, independente do tempo. Foto: Pexels.
O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, com sede em Porto Alegre, sofreu uma invasão da sua infraestrutura tecnológica.
Em nota divulgada nesta sexta-feira, 01, o TRT4 afirma que a área de tecnologia do tribunal detectou “registros suspeitos de atividades maliciosas” na quinta-feira, 30, por volta das 12h.
Ainda de acordo com o texto divulgado pelo tribunal, a equipe executou “medidas de isolamento e contenção dos danos potenciais, a fim de preservar a segurança e a integridade das informações”.
O TRT4 afirma ainda que não há indícios de comprometimento ou vazamento dos dados processuais e pessoais e que o PJe, sistema de processo eletrônico nacional que substitui os processos físicos na Justiça do Trabalho, funcionou “durante todo o período”.
Fontes ouvidas pela Zero Hora, o principal jornal do Rio Grande do Sul, contam uma história um pouco diferente.
Servidores da Justiça do Trabalho consultados pela reportagem da ZH disseram que um dos programas de o remoto ao sistema está fora do ar e que o outro disponível está lento.
Já advogados trabalhistas procurados pelo jornal gaúcho disseram que não há transtornos aparentes no o aos processos eletrônicos.
Diferentes instâncias do judiciário vem sofrendo ataques cibernéticos nos últimos meses, assim como algumas das maiores empresas do país.
O Supremo Tribunal Federal (STF), órgão máximo do Poder Judiciário, retirou seu site do ar após ter identificado um o “fora do padrão” em maio.
Em novembro de 2020, hackers atacaram e criptografaram mais de 1,2 mil máquinas virtuais do Superior Tribunal de Justiça (STJ), outro tribunal superior, além de destruir seus backups, com um ransomware chamado RansomEXX.
A correção do problema no STJ durou mais de uma semana, envolvendo equipes do STJ, Microsoft, Atos e Serpro.
Um dos ataques com consequências mais duradouras foi no Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (TJ-RS), com a consequência de perda de dados dos servidores nos seus computadores de trabalho, além de dificuldades que duraram meses no uso dos sistemas, resultando inclusive em suspensão de prazos processuais.