CORONAVÍRUS

Salesforce cancela evento em São Paulo f223e

Previsto para acontecer no dia 8 de abril, Basecamp deve ser remarcado. 3ea2t

11 de março de 2020 - 15:08
Público no Basecamp da Salesforce em 2019. Sem clima em 2020.

Público no Basecamp da Salesforce em 2019. Sem clima em 2020.

A SalesForce acaba de cancelar o Basecamp São Paulo 2020, seu principal evento no país, previsto para acontecer dia 8 de abril, devido ao coronavírus.

Em nota enviada aos inscritos, a gigante de CRM afirma que vinha monitorando a situação nas últimas semanas e que agora decidiu “postergar” o evento, visando “garantir que estamos tomando todas as ações para cuidar da nossa comunidade”.

A SalesForce não chegou a fazer uma previsão de nova data.

O Basecamp é um evento mundial da SalesForce e estava previsto para acontecer no Transamérica Expo Center, um dos maiores centros de convenções de São Paulo, onde são realizados também os eventos locais de outras gigantes de tecnologia como SAP e Oracle.

A primeira edição do evento no país foi no ano ado, atraindo alguns milhares de participantes.

Para este ano, a SalesForce já tinha 23 patrocinadores para o evento, incluindo um patrocinador no nível máximo, três no intermediário e 19 no de entrada. Eles incluem os maiores parceiros da empresa no país.

A participação no evento é gratuita para os clientes, então a SalesForce não deve ter problemas de reembolso.

Com a decisão, a SalesForce se torna a primeira empresa de tecnologia no Brasil a optar por cancelar um evento de grande porte por temor do contágio do coronavírus.

Nos Estados Unidos, a empresa já havia adotado algumas medidas como proibição de voos e incentivo a home office. Na Austrália, cancelou um evento previsto para acontecer em Sydney no dia 4 de março. 

O Dream Force, principal evento da companhia em São Francisco, está marcado para novembro e ainda segue de pé.

Nas últimas semanas, decisões de cancelamento do tipo se tornaram frequentes, um processo que agora deve começar também no Brasil.

Um dos primeiros a ser cancelado foi o Mobile World Congress, em Barcelona, ainda em fevereiro, quando a epidemia estava concentrada na China, com poucos casos na Europa.

A onda de cancelamentos continuou nos Estados Unidos, envolvendo os grandes eventos de empresas como Facebook, IBM e Google, também antes da doença se tornar uma realidade nos Estados Unidos (hoje os casos já am de 1 mil).

Além de cancelar eventos, companhias como Google, SalesForce e Microsoft decretaram a proibição de viagens internacionais, participação em eventos e estão incentivando o home office sempre que possível, começando nos escritórios em zonas críticas e agora por todo o país.

Até agora no Brasil, as únicas companhias a tomarem medidas mais duras haviam sido XP Investimentos e Mastercard, na qual um funcionário foi diagnosticado com o coronavírus, dando início a ações como quarentenas, desinfecções e incentivo ao home office.

Já foram confirmados 34 casos de coronavírus no Brasil, um número que deve aumentar muito nas próximas semanas, na medida em que o contágio adquire uma lógica exponencial.

O salto deve acontecer nas próximas duas semanas e meia, período depois do qual seria atingido um platô de mais oito semanas.

Esse seria o pior cenário possível para a evolução da doença no país e foi revelado em uma reunião do Ministério da Saúde com cinco grandes hospitais filantrópicos em Brasília nesta segunda-feira, 9, segundo a Folha de São Paulo.

Participaram do encontro representantes do Sírio-Libanês, Albert Einstein, Oswaldo Cruz e Hospital do Coração (HCor), de São Paulo, e Moinhos de Vento, de Porto Alegre.

A reunião é uma preparação para o cenário de grande aumento da demanda por atendimento hospitalar, com a realocação de recursos e pessoal envolvidos hoje em projetos desenvolvidos no SUS.

“Os primeiros casos contaminaram de duas a três pessoas. Agora a progressão é geométrica, não tem jeito. É um para dois, dois para quatro, quatro para oito, oito para 16. A gente espera que a situação seja menos grave no Brasil por causa do clima, mas temos obrigação de estarmos preparados para o grave”, afirma Paulo Chapchap, diretor geral do Sírio-Libanês.

Segundo o diretor do Sírio Libanês, a orientação é que, caso o pior cenário se confirme, cirurgias eletivas (como de hérnias, vesícula, quadril, joelho entre outras) sejam adiadas para que os leitos fiquem reservados às vítimas de coronavírus.

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