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Os cortes afetaram cerca de 6% do time da empresa (Foto: Pexels/ Caleb Oquendo)
A Alice, healthtech paulista de planos de saúde individuais e corporativos, desligou 63 de seus funcionários como parte de um plano de redimensionamento de sua equipe de vendas, nesta última sexta-feira, 8.
Conforme o Estado de S. Paulo apurou, a empresa teria comunicado aos colaboradores que o quadro de funcionários estava sobrecarregado e que seria necessário realizar cortes de gastos frente a dificuldades financeiras.
O jornal não chega a revelar qual é o tamanho do corte em proporção ao número total de funcionários. No Linkedin, a Alice tem 989 colaboradores listados, o que colocaria o número de demissões em ao redor de 6%.
Segundo o CEO da startup, André Florence, em comunicado à imprensa, “ao longo do semestre, [entenderam] melhor as oportunidades de [serem] mais eficientes e [seguirem] sustentáveis no longo prazo”.
Dentre os motivos para os cortes especulados pelos ex-funcionários ouvidos pelo Estadão, estariam o fato de a empresa restringir seu atendimento apenas à cidade de São Paulo, a competição de mercado e falhas em atingir a meta de clientes corporativos e individuais estimadas para 2022.
A empresa informou, ainda, que os vendedores irão receber um salário extra, plano de saúde estendido por 2 meses e as verbas rescisórias obrigatórias.
Além disso, existem planos para que mais de 20 funcionários sejam realocados dentro da startup.
Fundada em 2019, a Alice recebeu no final do ano ado um investimento de US$ 127 milhões, na época equivalente a R$ 728,6 milhões, em uma rodada série C liderada pelo Latin America Fund do banco japonês SoftBank.
Com o aporte, a empresa visava ampliar seus investimentos em tecnologia e ar a oferecer planos corporativos.
A Alice não é a única startup em alta a fazer cortes. Na verdade, notícias desse tipo se tornaram comuns nas últimas semanas, na medida em que os fundadores visam se preparar para um cenário futuro com investidores menos dispostos a aportar capital.
No mês ado, a Ebanx, empresa de soluções de pagamentos internacionais, desligou 20% de seus mais de 1.700 profissionais.
Já a QuintoAndar, unicórnio de venda e aluguel de imóveis brasileiro, demitiu 160 funcionários em um corte que afetou 4% do seu time de mais de 4 mil pessoas.