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Lojas Americanas deu nome aos bois em comunicado. Foto: Divulgação.
A Lojas Americanas soltou um comunicado para o mercado chamando o rombo contábil de R$ 20 bilhões na varejista pela primeira vez de fraude nesta terça-feira, 13.
O texto divulgado fala ainda em “participação na fraude” dos ex-CEO Miguel Gutierrez, dos ex-diretores Anna Christina Ramos Saicali, José Timótheo de Barros e Márcio Cruz Meirelles, e dos ex-executivos Fábio da Silva Abrate, Flávia Carneiro e Marcelo da Silva Nunes.
O rombo bilionário nas contas da empresa foi revelado em janeiro, mas até agora vinha sendo tratado como uma "inconsistência contábil”.
A consequência foi a empresa entrar em uma recuperação judicial com dívidas superiores a R$ 40 bilhões, além de demitir uma série de executivos.
"Os documentos analisados indicam que as demonstrações financeiras da Companhia vinham sendo fraudadas pela diretoria anterior da Americanas", diz um trecho da nota, acrescentando ainda que foram identificados os esforços dos então executivos de ocultar a situação patrimonial do mercado e do próprio conselho de istração.
O texto traz algumas informações oriundas do relatório da assessoria jurídica da istração da Americanas, apontando inclusive o mecanismo usado para ocultar o buraco contábil.
Além disso, a investigação também identificou financiamentos contratados para manter a operação, feitos sem a necessária aprovação dos sócios da empresa.
Vale lembrar que tudo isso ou despercebido também pela PwC, uma das maiores empresas de auditoria empresarial do mundo, responsável por aprovar os balanços da Americanas.
A PwC, assim como os acionistas majoritários Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira, conhecidos como 3G, não chegam a ser mencionados no texto.