
Emerson Salomão, fundador e CEO da Avell. Foto: Divulgação
A Avell, fabricante nacional de notebooks de alto desempenho, conhecida por produzir computadores para gamers, voltou suas atenções para máquinas para empresas, que responderam por mais de 70% de seu faturamento em 2021.
A empresa fechou o ano ado com um faturamento de R$ 207 milhões, alta de 90% sobre o número do ano anterior.
“Com a crise da pandemia, em que as pessoas aram a ficar em casa, todo mundo precisou de um notebook”, diz Emerson Salomão, fundador e CEO da Avell, ao portal NeoFeed.
Ao todo, foram 21 mil notebooks dessa linha produzidos pela empresa no ano ado, contra 12 mil máquinas em 2020. Para esse ano, a previsão é aumentar o volume para 25 mil unidades.
De acordo com dados da consultoria IDC, cerca de 1,8 milhão de notebooks foram vendidos entre julho e setembro de 2021 no mercado brasileiro, 43% a mais do que o volume registrado no mesmo trimestre do ano anterior.
Apesar das linhas gamer e profissional serem diferentes, há pouca diferença entre elas. Internamente, os notebooks diferenciam-se apenas na personalização dos equipamentos, com uma placa de vídeo ou um processador melhor.
Já exteriormente, a principal diferença era o design dos aparelhos.
Os modelos voltados para jogos tinham design com vincos e luzes. Para que o mesmo aparelho possa agradar a profissionais e jogadores, a empresa ou a produzir um visual mais sóbrio em todas as linhas.
A previsão é ampliar a receita da Avell entre 30% e 40% e faturar algo próximo de R$ 300 milhões.
Isso pode aproximar a operação de investidores. A empresa nunca recorreu a investidores privados, mas isso pode mudar, segundo revelou Salomão ao Neofeed.
Para ampliar o marketing, a Avell vai abrir um showroom em São Paulo, onde os notebooks poderão ser testados e recomendados, como em Curitiba, no Paraná, e em São José, Santa Catarina, onde ações semelhantes já acontecem.
Fundada em 2000, a matriz da Avell fica em ville, Santa Catarina, e a produção é concentrada em uma fábrica em Manaus, no Amazonas.
A unidade amazonense conta com 1 mil m², cerca de 40 funcionários e tem capacidade para produzir entre 1,5 mil e 2 mil unidades de notebooks por mês.