
Técnicos tentam reanimar sites de e-commerce. Foto: Pixabay.
A Americanas e o Submarino, dos dois principais sites de comércio eletrônico do Brasil, estão fora do ar desde o domingo, 20, no que parece ser a consequência de medidas tomadas contra um ataque hacker.
Os problemas começaram já no sábado, 19. No dia seguinte, a Americanas S.A, que controla os dois sites, confirmou a suspensão de parte dos servidores e citou em um comunicado um “o não autorizado”.
A companhia disse que “voltou a suspender proativamente parte dos servidores do ambiente de e-commerce na madrugada deste domingo (20/02) e acionou prontamente seus protocolos de resposta assim que identificou o não autorizado”.
A Americanas S.A disse ainda que “atua com recursos técnicos e especialistas para avaliar a extensão do evento e normalizar com segurança o ambiente de e-commerce o mais rápido possível”.
Como costuma acontecer nesses casos, a nota da Americanas S.A visa transmitir uma impressão de proatividade e controle da situação, ao mesmo tempo em que não abre quase nenhuma informação que permita a alguém de fora ter uma ideia aproximada do tamanho do problema.
Assim, fica em aberto o que o autor do o não autorizado estava tentando ar e por quanto tempo ele teve o não autorizado.
Na sua nota, a Americanas S.A também disse que "não há evidências de comprometimento da base de dados", o que é uma afirmação padrão nesses casos.
A reportagem do Baguete tentou ar os dois sites na madrugada desta segunda-feira, 21, e eles seguem fora do ar.
Os aplicativos das duas marcas permitem o o, mas há dificuldades para pesquisar produtos e dar continuidade a compras.
No site Downdetector, que rastreia esse tipo de problemas, os problemas notificados atingem o site na internet, o aplicativo móvel e o sistema de .
Uma mensagem que está circulando na internet indica que o ataque foi feito pelo Lapsus$ Group, o mesmo que tirou do ar o aplicativo ConectSUS, aplicativo do Ministério da Saúde, em dezembro do ano ado.
Em seu grupo no Telegram, o grupo mencionou o incidente nos sites da Americanbaguete-br.diariodoriogrande.com e Submarino com ironia, mas não assumiu a autoria, aponta o site Neofeed.
O problema é especialmente grave porque a Americanas S.A é hoje principalmente um negócio digital.
Nos últimos resultados divulgados, a companhia teve um volume bruto de mercadoria vendida (da própria empresa e parceiros no marketplace) de R$ 12,86 bilhões, montante 23,8% acima do registrado no terceiro trimestre de 2020.
Desse total, o volume bruto de mercadoria digital avançou 30,3%, para R$ 9,9 bilhões (R$ 5,4 bilhões são referentes a venda de parceiros).
Já no varejo físico, as vendas nas mesmas lojas avançaram 6%, enquanto a receita bruta física somou R$ 2,9 bilhões, alta de 6,5%.