
Foto: Agência Brasil.
Os sindicatos dos Correios de São Paulo, Rio de Janeiro, Bauru e Região, Tocantins e Maranhão anunciaram o início de uma greve com duração indeterminada a partir desta quinta-feira, 23, véspera da Black Friday.
A convocação foi realizada pela Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect), sob a justificativa de que a direção da empresa pública ignora ao menos 26 demandas do grupo.
Segundo a Findect, a resposta às tentativas de diálogo não foi satisfatória, com resposta inadequada da direção, “negligenciando as legítimas demandas dos trabalhadores”.
A demanda em destaque é a não incorporação de R$ 250 ao salário base da classe. Conforme aponta a federação, os Correios propam o pagamento do valor em steps, mas a entidade acredita que isso colocaria em risco a “estabilidade financeira da categoria”.
Outra queixa é relativa à tributação sobre a bonificação de R$ 1,5 mil a ser recebida em janeiro do ano que vem, o que representaria uma “redução substancial, agravando os prejuízos para os trabalhadores”.
Por fim, os sindicatos exigem a realização de novos concursos públicos para a obtenção de cargos na empresa, além de melhorias no plano de saúde e condições de trabalho mais dignas.
De acordo com os Correios, a paralisação compreende cinco dos 36 sindicatos da categoria e a empresa já preparou uma série de medidas para garantir a normalidade dos serviços caso as assembleias desses cinco sindicatos aprovassem “paralisação parcial e pontual.”
Entre elas, estão a contratação de mão de obra terceirizada, realização de horas extras, deslocamento de empregados entre as unidades e apoio de pessoal istrativo.
A empresa afirma que concedeu aumento linear de R$ 250 para a maior parte do efetivo, com um aumento médio de 6,36% para mais de 71 mil empregados (83%), a partir de janeiro de 2024. Para parte dos empregados, o aumento chegaria a 12%.
De acordo com o Valor Econômico, a expectativa é de que o comércio eletrônico seja a estrela da Black Friday. A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm) projeta alta de 17% em relação ao ano ado.
Segundo o Citi, a Shein tem intenção de compra de 19%, seguida por Amazon (18%) e Mercado Livre (16%).
Um levantamento da NielsenIQ também identificou o destaque das plataformas de e-commerce. A Amazon foi citada por 33% dos consumidores, seguida por Magazine Luiza (16%) e Mercado Livre (12%).