
Lucas Sperb, fundador da Wbio. Foto: Divulgação.
A Wbio, startup que desenvolve equipamentos e sistemas para a área de saúde incubada no Feevale Techpark, em Novo Hamburgo, acaba de lançar a primeira ICO (Initial Coin Offer) do Brasil com a wCoin.
A oferta inicial de moedas virtuais é uma estratégia em alta no exterior, pela qual um novo empreendimento arrecada dinheiro criando uma criptomoeda atrelada a uma aplicação específica da tecnologia de blockchain.
O modelo costuma ser utilizado por startups para evitar o rigoroso processo de captação de capital exigido por investidores de risco ou bancos.
A Wbio criou o P1, um sistema de análise laboratorial com tecnologia de inteligência artificial Watson, da IBM. O controle dos resultados usa tecnologia de blockchain.
A moeda atrelada a prestação do serviço é o wCoin, que a empresa espera tornar um meio de pagamento para uma série de players da área de saúde como startups, laboratórios, hospitais, farmácias, consultórios médicos, seguradoras, entre outras
Para os investidores, a lógica é comprar agora com um preço baixo um ativo que pode se valorizar no futuro, com o aumento do interesse em torno da tecnologia da Wbio.
Assim, na pré-venda, R$ 1 compra 1,3 Wcoin. A moeda pode se valorizar no futuro, dependendo do interesse em torno do P1, que é o lastro no mundo físico da moeda virtual.
A emissão e venda de tokens ocorrerá em quatro etapas distintas. A primeira, iniciada nesta terça-feira, 23, em um evento sobre blockchain da Sisnema em Porto Alegre, é uma pré-venda.
Com um período de três meses, o objetivo desta fase é arrecadar de R$ 2 milhões.
Já a primeira venda, em abril, terá um limite de 3 milhões de wCoins. Depois, será a segunda venda de tokens, com limite de 5 milhões de wCoins, em julho.
A quarta e última etapa é a mais longa, a qual continuará até 2042, com a emissão periódica de novos tokens.
Com os fundos arrecadados nessa primeira fase, a Wbio tem o objetivo de criar uma equipe de desenvolvedores front-end e back-end, programar e lançar a plataforma.
Para cada nova etapa de vendas, a empresa tem outros objetivos traçados, como a criação de uma equipe de especialistas em finanças, direito, biomédicos e programadores para desenvolver o modelo.
A Wbio foi selecionada para incubação no Techpark em outubro e também está entre as aceleradas da Ventiur, aceleradora sediada em Porto Alegre. A startup desenvolve equipamentos e sistemas para a área de saúde, utilizando tecnologias como Watson, blockchain e big data.
Entre as ofertas da empresa estão soluções de diagnóstico, epidemiologia e ciência de dados.
Lucas Sperb, fundador da companhia, é mestrando de Virologia da Feevale. Já Eduardo Makiyama, CTO da companhia, foi gerente de desenvolvimento de software da AsGa Sistemas. Entre 2007 e 2010 ele atuou como coordenador de TI da Getnet.