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Foto: Pixabay.
A transformação que o 5G é capaz de produzir nos negócios ainda não está evidente para o segmento B2B. É o que aponta a prévia de uma pesquisa que está sendo realizada pelo IDC, que já ouviu decisores em mais de 50 empresas no Brasil e 190 na América Latina.
No estudo, a companhia apresentou 20 casos de uso da tecnologia aos entrevistados e perguntou se eles consideravam cada uma deles relevante ou não para a sua organização.
No Brasil, a identificação majoritária ficou com desdobramentos mais óbvios da nova tecnologia, como conectividade de devices, com 88% apontando esse ponto como relevante, e conectividade de escritórios, com 80%.
Aplicações potencialmente bem mais disruptivas foram as menos reconhecidas. No fim da lista, estão veículos conectados (4%), monitoramento e gestão remota de pacientes (12%), gestão de frotas (18%) e trabalho aumentado com robôs industriais (20%).
Usos como monitoramento de produtos em tempo real (45%), redes privadas mobile (45%) e gestão remota de ativos (51%) ficaram em posições intermediárias.
Na associação ao tema SD-WAN, a maioria das empresas (65%) afirma que o 5G é um grande impulsionador deste tipo de implantação.
Quando questionados sobre a familiaridade com alguns termos tecnológicos relacionados ao espectro, os entrevistados também destacaram pontos ligados à conectividade, como latência, realidade virtual e realidade aumentada e Dynamic Spectrum Sharing (DSS).
Entre os termos mais desconhecidos, ficaram millimeter wave, Multi-access Edge Computing (MEC) e Software Defined Networks (SDN).
Para Luciano Saboia, gerente de pesquisa e consultoria de telecomunicações da IDC Brasil, a causa desse cenário é a falta de informação, pois a comunicação feita pelas companhias provedoras não leva em consideração uma abordagem completa.
“A gente observa que o lado do provimento se comunica com quem contrata os serviços sem materializar como a tecnologia vai transformar determinados negócios, dando exemplos de cases e fazendo uma abordagem com o cliente correlacionando tecnologias. Cada um está levando a sua comunicação de maneira isolada, poucos fazem, então isso não está evidente para as empresas”, explica Saboia.
Em relação a possíveis parceiros ou vendedores para desenvolvimento e implantação da tecnologia nas organizações, a maioria apontou as operadoras de telefonia (41%), seguidas pelos integradores de sistemas (20%) e pelos provedores de internet regionais (12%).
A IDC ainda está na metade da pesquisa de campo, que deve totalizar 400 entrevistas na América Latina.
Para isso, o estudo está ouvindo decisores de tecnologia em empresas com mais de 100 funcionários em verticais como manufatura, serviços, varejo, agronegócio, recursos e finanças. A dispersão geográfica é de acordo com a geração do Produto Interno Bruto (PIB).