
A participação de soluções open source no mercado brasileiro em 2010 foi de 2,95%. Dos US$ 563 milhões movimentados pelo software livre, 66% correspondem a gastos do governo.
Os números fazem parte da 7ª edição do estudo “Mercado Brasileiro de Software – Panorama e Tendências”, realizado pela IDC e divulgado pela Abes nesta segunda-feira, 28. É a primeira vez que o levantamento inclui cifras ligadas ao tema.
“A iniciativa privada não investe em software livre no Brasil. O empresariado não investe em algo que não seja produtivo”, disparou o presidente da entidade, Gerson Schmitt.
A Abes reúne empresas baseadas no modelo de software proprietário e tem entre suas metas a redução da pirataria no Brasil. O relatório não está disponível na íntegra no site da entidade.
De acordo com Schmitt, “o modelo de software livre não produz inovação, demanda mais mão-de-obra, remunera menos toda a cadeia produtiva, não é autossustentável e seria praticamente inexistente sem o governo como seu protagonista”.
Na visão da Abes, seria mais vantajoso para o Brasil fomentar a proteção de propriedade intelectual e estímulo a tecnologias proprietárias com padrões competitivos do que o mercado de software livre.
“O governo precisa mudar a política de compras públicas de software livre e serviços. Deve dar preferência à contratação de soluções ou SaaS no lugar de serviços sob encomenda, optando por tecnologias proprietárias, de fornecedores confiáveis, competitivas e com melhores práticas”, finaliza o presidente da Abes.
Para Schmitt, o investimento da istração pública em software livre tem colaborado para reduzir a participação das empresas nacionais no mercado de TI – de acordo com dados da Abes, 70% do software usado no país é importado.