
A partir deste mês, os ageiros que embarcarem na área de internacional de Guarulhos (SP), Galeão (RJ), Recife (PE), e Manaus (AM), terão que ar pelo "body scanner", aparelho de escaneamento corporal.
Apresentado nesta quinta-feira, 07, pela Polícia Federal, o objetivo do equipamento é impedir o embarque de armas, explosivos ou drogas.
Com o scanner, os suspeitos não deverão mais ar por revistas pessoais ou se despir durante os procedimentos de buscas.
Se um ageiro despertar a desconfiança dos agentes durante os procedimentos de segurança tradicionais antes do embarque, ele será levado a um ambiente reservado e ará sob um portal - no mesmo formato dos detectores de metais - em um procedimento que dura cerca de sete segundos. Como nas revistas tradicionais, mulheres só poderão ser acompanhadas por policiais do sexo feminino, informou o Estado de São Paulo.
Nos aeroportos dos Estados Unidos e do Reino Unido, o uso do aparelho levantou questionamentos sobre a invasão da intimidade dos ageiros, já que a máquina permite enxergar "sob as roupas" dos investigados. A PF esclareceu que a imagem - gerada a partir da radiação emitida pelo equipamento, como uma radiografia - só tem capacidade de mostrar ossos, órgãos, objetos e o contorno do corpo.
Segundo o procurador-geral da OAB-RJ, Ronaldo Cramer, uma vez que substitui métodos tradicionais, como a revista por apalpamento e buscas que obrigam o suspeito a se despir, o equipamento pode ser avaliado como menos invasivo. Trata-se de uma medida menos constrangedora do que as que estão em vigor", afirmou Cramer.