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José Antonio Antonioni, o novo presidente do CETI.
José Antônio Antonioni, diretor presidente da Softsul, será o novo presidente do Conselho das Entidades de TI do Rio Grande do Sul (CETI-RS) para 2015.
O novo presidente sucede Robinson Klein, à frente do CETI em 2014, enquanto presidia a Assespro-RS. Klein, que foi sucedido na Assespro-RS pela advogada Letícia Batistela, seguirá participando do CETI como conselheiro.
Essa é a segunda agem de Antonioni pelo CETI. O presidente da Softsul já havia liderado o conselho em 2007.
Em nota, o CETI coloca como sua pauta para 2015 os preparativos para a BITS 2015 e o posicionamento sobre mudanças no governo estadual como a extinção da Secretaria de Ciência e Tecnologia.
O CETI foi fundado em 2004 por entidades como Seprorgs, Assespro-RS, Internetsul, Sucesu-RS e Softsul, entre outras, com objetivo de servir como uma plataforma de articulação dos interesses das diferentes organizações participantes.
O problema é que, embora o CETI tenha se mantido operacional pela última década, com reuniões frequentes e algumas atividades públicas como um estande coletivo na BITS ou cafés da manhã com candidatos em épocas eleitorais, ele não chegou a representar um avanço significativo para o poder político do setor de TI.
Dois exemplos práticos disso são justamente os assuntos na pauta do CETI para 2015.
A Secretaria de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, depois do que muitos observadores consideram a melhor gestão da sua história nas mãos de Cleber Prodanov, foi extinta pelo governador José Ivo Sartori (PMDB) sem que o setor conseguisse fazer uma mobilização coletiva pela sua permanência, da qual o CETI poderia ser o líder natural.
A única manifestação a respeito do então iminente fechamento da secretaria (que, de fato, aconteceu poucos dias depois), veio por meio de uma nota assinada somente pela Assespro-RS.
Em relação à BITS, feira irmã da alemã Cebit que é organizada em Porto Alegre nos últimos quatro anos e está enfrentando dificuldades para decolar, o CETI também não conseguiu se transformar no portavoz de um discurso unificado do setor de TI sobre o que mercado quer da feira.
Pelo contrário, mais do que um interlocutor único para o setor de TI gaúcho, o CETI acaba se apresentando para o mundo exterior como um balaio de gatos, tornando difícil para a outra parte na conversa distinguir entre todas as entidades existentes para representar o setor de TI.
Há vários exemplos disso, mas talvez o melhor de todos seja uma reunião sobre o futuro da BITS feita no Galpão Crioulo do Palácio Piratini com a participação de representantes do BNDES, Ministério de Desenvolvimento, Totvs e Stefanini.
Seria uma ocasião no qual uma mensagem concisa e demandas realistas, articuladas previamente em uma organização como o CETI, poderiam ter sido de algum benefício para a TI do Rio Grande do Sul.
No lugar disso, os representantes de Brasília e de duas das maiores empresas de TI ouviram duas horas de digressões desarticuladas e conflitantes entre si vindas de uma dezena de fontes diferentes. Foi uma das reuniões mais improdutivas que este repórter já teve o azar de assistir.
É uma queixa frequente no meio de TI gaúcho que o setor não recebe a atenção que mereceria do governo – em especial as empresas locais que geram o grosso dos empregos no meio. O CETI é um caminho para mudar isso.