Tamanho da fonte: -A+A 2vl4s

No Brasil, Campos tem projeto com a pretensão de "cura gay". Foto: divulgação
O aplicativo Door of Hope tem gerado polêmica nos Estados Unidos por prometer a “cura” dos homossexuais, disponível para Android e iOS.
Criado pela Setting Captives Free, o app tem o propósito de fazer o usuários "se ver livre da homossexualidade" em 60 dias.
Através de dizeres bíblicos, o objetivo é convencer o homossexual de que ele tem um problema. "Você pode ser libertado da escravidão da homossexualidade através do poder de Jesus Cristo e da cruz", diz.
A ONG All Out, junto com a comunidade gay, criou uma petição virtual pedindo a retirada do aplicativo do ar. Até o momento da publicação desta matéria, a reivindicação contava com mais de 60 mil s.
Na manhã desta sexta-feira, a Apple retirou da iTunes Store a oferta por violar regras da empresa para desenvolvedores. Na Google Play, o app ainda está disponível, mesmo que o programa de desenvolvimento do Google afirme que "não são permitidas aplicações com discursos de ódio contra grupos com base em sexo, orientação sexual ou identidade de gênero".
No Brasil, circula na pauta da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados um projeto que autoriza o tratamento psicológico ou a terapia para alterar a orientação sexual, chamado de “cura gay”.
De autoria do deputado João Campos (PSDB-GO), a proposta prevê a suspensão da validade de dois artigos de uma resolução do Conselho Federal de Psicologia, em vigor desde 1999. Um dos trechos da Resolução nº 1/99 proíbe os profissionais de participar de terapia para alterar a orientação sexual e de atribuir caráter patológico (de doença) à homossexualidade.
O autor argumenta que as restrições do conselho são inconstitucionais e ferem a autonomia do paciente. Já representantes da instituição criticam a proposta sob o argumento de que não se pode tratar a homossexualidade como doença.
O projeto já saiu da pauta três vezes, por motivos diferentes, e não tem previsão para entrar em discussão na Comissão presidida por Marco Feliciano (PSC-SP).