
Oito meses após assumir o comando da HP, Léo Apotheker definiu o Brasil para realizar sua primeira visita a um país da América Latina.
O executivo está essa semana no país que, segundo ele, vive “um momento único em sua história”, com grande representatividade para a HP, que tem no BRIC 11% de seu faturamento global.
“De alguns anos para cá, temos visto que o Brasil alcançou forte estabilidade econômica e política e isso fez com que ganhasse grande destaque no cenário internacional”, afirma o CEO. “Para nós, sem dúvida, trata-se de um mercado muito importante. Queremos explorar ainda mais as oportunidades na região”, complementa.
Atualmente, a HP é considerada a maior empresa de TI do Brasil, segundo dados do IDC, em impressoras de jato de tinta e a laser, servidores blade e servidores de sistemas de armazenamento de dados.
São mais de sete milhões de clientes no país, quatro mil parceiros no varejo, 27 mil pontos de vendas e canais, em uma estrutura que emprega mais de oito mil funcionários.
Segundo Apotheker, as intenções da companhia de reforçar investimentos no mercado local se exemplificam em ações como a tradução do webOS para o português e os aportes feitos em P&D, no centro que a empresa mantém desde 2003 em Porto Alegre.
No centro, são desenvolvidos projetos conjuntos com outros laboratórios HP em todo o mundo, que vão desde o desenvolvimento de tecnologias para os centros de dados das empresas, até a área de mobilidade.
“Exemplo disso é a tecnologia e-Print, que foi desenvolvida quase que em sua totalidade no centro e hoje é distribuída em nível global”, afirma o CEO.
A unidade gaúcha da HP conta com mais de 700 profissionais, incluindo funcionários diretos e pesquisadores de projetos em colaboração.
Já em todo o Brasil, a empresa conta com 15 universidades e centros de pesquisas conveniados à sua rede de P&D em nove estados.
Em sua visita esta semana, Apotheker pretende reforçar o posicionamento da companhia no país em três frentes: cloud computing, conectividade e software.
“Na cloud, o plano é desenvolver um conjunto de nuvens para ajudar os clientes em transição para ambientes híbridos”, afirma ele. “Também pretendemos potencializar escala e segurança em nossos hardwares, softwares e serviços, desenvolvendo um mercado de aplicativos abertos que integrem os serviços de clientes, empresas e desenvolvedores”, completa.
Já no que se refere à conectividade, a intenção da companhia é tornar-se líder de mercado, conforme o CEO.
Para isso, a meta é habilitar PCs e impressoras para o sistema operacional web, possibilitando que pequenas, médias e grandes empresas criem, digitalizem, transformem e consumam informações a qualquer momento, em qualquer lugar, segundo o executivo.
Por fim, em relação a software, a HP projeta aprimorar o portfólio de gerenciamento e segurança.
“Um dos planos traçados é gerenciar as análises de Big Data em tempo real, ou seja, a combinação de conjuntos de dados estruturados e não estruturados, que crescem com mais rapidez”, finaliza Apotheker.