
Apple quer preservar sua propriedade intelectual (Foto: Depositphotos)
A Apple é mais uma a entrar para a lista de companhias que proibiram entre seus funcionários o uso do ChatGPT, tecnologia de inteligência artificial generativa da OpenAI que está bombando desde seu lançamento em novembro do ano ado.
Assim como outras empresas, a big tech tomou a decisão em busca de proteger sua propriedade intelectual, especialmente, diante do fato de que a Microsoft, uma de suas concorrentes, ou a investir na OpenAI em janeiro deste ano.
Outro problema é que todas as informações compartilhadas com o chatbot acabam nos servidores da OpenAI, deixando de ser controladas pelo usuário e ando a ser propriedade da empresa.
Segundo especulações, a Microsoft teria investido cerca de US$ 10 bilhões (aproximadamente R$ 51,7 bilhões) na startup. No mês seguinte, o Bing, ferramenta de busca da companhia, ganhou uma nova versão integrada pelo GPT-4, versão mais rápida do ChatGPT.
Apesar da proibição, a Apple estaria em uma busca assídua por experts em inteligência artificial generativa, em alta desde o lançamento do ChatGPT, conforme aponta o Tech Crunch.
A empresa tem publicado vagas para a área desde o final de abril em sua página de carreiras. A lista já soma pelo menos uma dúzia de oportunidades de emprego.
As vagas, entretanto, estão sendo divulgadas em um momento em que a Apple tem enviado sinais mistos sobre suas intenções com a tecnologia. Justamente por isso, não é possível afirmar se a companhia está trabalhando em novos produtos ou aprimorando antigos.
Durante a reunião de resultados do segundo trimestre, realizada no início de maio, Tim Cook, CEO da Apple, evitou dar respostas específicas sobre o tema, afirmando que é uma tecnologia interessante e que a Apple pensaria “com muita calma e cuidado” em sua abordagem.
AS EMPRESAS QUE JÁ PROIBIRAM
No mês ado, a Samsung optou por desenvolver sua própria inteligência artificial para uso interno após seus funcionários usarem o ChatGPT para trabalhar com informações confidenciais.
Conforme reportou o site Tech Radar, foram registrados três incidentes do tipo na empresa em menos de um mês.
Em todos eles, colaboradores vazaram informações sensíveis por meio da inteligência artificial da OpenAI, cujo uso era autorizado apenas para identificar e corrigir erros em suas linhas de código.
A Walmart também deu um puxão de orelha em seus funcionários em um comunicado interno referente ao compartilhamento de informações sensíveis da companhia com inteligências artificiais como o ChatGPT.
A varejista havia bloqueado anteriormente o uso da solução ao identificar atividades de colaboradores que considerou íveis de riscos para a empresa, conforme reporta o Business Insider.
A companhia deixou estritamente proibido abrir informações sensíveis, confidenciais ou de propriedade, incluindo dados financeiros, informações pessoais de clientes e dos próprios colaboradores, bem como estratégias corporativas.
Além disso, a Walmart também incentivou seus funcionários a não copiar e colar linhas de código em ferramentas como o ChatGPT para que a tecnologia crie novas fórmulas.
Outro ponto reforçado foi a importância de checar a procedência das informações fornecidas pelos chatbots, que nem sempre seriam confiáveis.
A Microsoft também não ficou atrás e disse aos colaboradores que podem usar a tecnologia no trabalho, desde que não comprometam informações sensíveis, assim como a JP Morgan, que também optou por restringir temporariamente o ChatGPT na companhia.