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Aprenda inovação com a Tecnisa 3m3e5j

14 de julho de 2014 - 15:34
Denilson Novelli.

Denilson Novelli.

A Tecnisa demonstra um apetite voraz por transformar novos conceitos tecnológicos em diferencial de negócio. 

Eles já usam drones e Google Glass, lançaram sistemas de car sharing em seus condomínios e foram adeptos de primeira hora do que então eram novidades como o Twitter e o Orkut. 

Os dois casos citados só a ponta de um iceberg de inovações na adoção de TI que começou a ser esculpido no DNA da construtora há quase uma década.

O foco da indústria da construção civil, aparentemente, sempre esteve na atração de clientes. A retenção sempre ficou em segundo plano, o que pode ser considerado uma ironia se pensarmos que a realização do “sonho da casa própria” é possivelmente o maior investimento que uma pessoa faz ao longo de sua vida.

Para preencher essa lacuna, a Tecnisa apostou na inovação, em um movimento que começou há mais de uma década e evoluiu aos poucos. 

Denilson Novelli, gerente de E-Business da construtora, pontua que a solidificação dessa postura contou com respaldo da alta direção e pauta-se por processo, alinhamento aos objetivos estratégicos e visão de longo prazo.

Isso ajudou a companhia a crescer em um setor econômico em ebulição ao longo dos últimos anos e hoje trata-se de um tópico enraizado nas atividades diárias da empresa. 

Dois exemplos deixam isso bastante claro: apenas a área onde o gerente atua, que focada em negócios via internet toca “mais ou menos” seis projetos de inovação por ano; além, projetos de inovação implementados compõem as metas [e consequemente, impactam os bônus] dos profissionais da companhia.

A internet possui um forte papel nesse processo, gerando ideias e ando com ferramentas como crowdsourcing, blogs e redes sociais. 

Além disso, a aposta na web tornou o online um forte canal comercial que responde por nada menos do que 40% dos negócios da Tecnisa. Agora os olhos se voltam para oportunidades abertas pela mobilidade. “Enxergamos o mercado móvel como o mais promissor no curto prazo em termos de solução”, revela.

Nesse tempo de emergência brutal de novos conceitos tecnológicos – cloud, big data, social, mobile, internet das coisas, wearables –, listamos oito posturas adotadas pela Tecnisa em frentes de inovação que talvez possam ser replicadas em sua empresa. Confira:

1. Defina um foco estratégico – “Sempre tentamos atrelar a inovação a um propósito de negócio da empresa”, diz Denilson, citando os critérios para teste e validação de ideias. No caso da construtora, especialmente na área que o gerente atua, há uma inclinação para soluções de vendas, experiência e fidelização de clientes. 

Tanto o projeto de drones quanto do Glass alinharam-se a essas premissas. “Algumas empresas fazem [inovação] por convicção, outras por convenção”, enxerga. Estar convicto de que determinado conceito pode trazer retornos aos objetivos e metas de crescimento da companhia parece fundamental.

2. Cultive diversas fontes de ideias – Ter uma rede de pessoas, tanto interna quanto externa, ajuda na geração e execução de projetos. A Tecnisa utiliza recursos da internet, como o conceito de crowdsourcing para coletar ideias, em alguns casos, mas também tem outros mecanismos. Um dos exemplos disso é o Fast Dating, reunião na qual fornecedores tem 10 minutos para apresentar e defender uma proposta. 

A iniciativa envolvendo drones nasceu assim. “Essas redes ajudam para que sejamos abastecidos com ideias. E, com base nisso, analisamos o que tem mais a ver com nosso negócio e se é aderente ao budget”.

 3. Estabeleça processo e foque na execução – Inovação precisa ser um componente no processo de negócio da empresa. A Tecnisa, por exemplo, mantém comitês interdisciplinares para geração e  avaliação de ideias. 

Isso permite um fluxo adequado para implementação de uma proposta. Um ponto importante, no caso da construtora, é que “inovação” compreende ideia implementada. Assim, os profissionais têm metas atreladas à quantidade de projetos executados. “Execução é um ponto muito forte”, resume o gerente. 

4. Defina um orçamento – Pode parecer um ponto estúpido, mas muita gente (e muitas empresas) acham que é possível inovar sem investir dinheiro. Ledo engano. Ter um budget para alocar em projetos de inovação é fundamental. “20% do orçamento de marketing é focado à inovação”, define Denilson. 

Saber os limites que podem ser destinados a novas ideias “permite fugir permite fugir da ditadura do ROI”, diz o gerente. E é a direção da empresa que deve que nortear nesse sentido. “Muitos pensam no resultado do dia 30 e só vai apostar em algo de aquilo der resultado no curto prazo. Isso não faz sentido”, comenta.

5. Monitore tendências tecnológicas – No caso da Tecnisa, tanto drones quanto o Glass eram conceitos que vinham sendo observados. “Como somos cobrados por inovação temos uma rotina frequente de acompanhar o que acontece e ficar atento ao que se consegue adotar e executar”. Denilson conta que o drone, por exemplo, era uma tecnologia que estava no radar. Calhou de, no Fast Dating, um fornecedor (a Voador.es) apresentar uma aplicação para o conceito. Esse a apoio vindo de fora ajudou, nesse caso, para que a solução entrasse em uso mais rapidamente.

O Glass seguiu a mesmo fluxo. Só foi um pouco mais demorado para compreender como a tecnologia seria utilizada. “Vimos alguns cases fora, mas precisamos entender como transformar aquilo aderente ao nosso negócio”, conta, citando, por exemplo que foi considerada a (falta de) escala tecnologia para definir a aplicação. A solução foi trazer o dispositivo para o stand de vendas fazendo um aplicativo usando a bussula para que os clientes pudessem ver distancia, por exemplo, de alguns atrativos do bairro em relação a distância do imóvel.  

6. Engavete o que não faz sentido – Se um conceito se provou ineficiente dentro das metas e objetivos estratégicos propostos para a inovação de uma organização, isso pode ocorrer por duas questões: trata-se de algo ainda imauturo em termos de tecnologia ou não ser aderente as necessidades da empresa. 

Denilson conta que a Tecnisa atualmente avalia com muita cautela alguns conceitos, como o Oculus Rifft [feito pela empresa comprada pelo Facebook por US$ 2 bilhões no final de março]. “Talvez algum dia seja algo que se viabilize, mas o custo não fechou para gente”, conta. Perceba: não se trata de algo descartado, só não faz sentido ainda.

7. Não tenha medo de errar – Toda empresa que se propõe a inovar acaba investindo em alguns projetos que não vão para frente. A Tecnisa desistiu de algumas coisas ao longo do percurso. Foi o caso dos aplicativos. A companhia chegou a manter por alguns anos apps tanto para Android quanto para iOS. 

“Percebemos que consumidor busca mais manter [em seus aparalhos] aplicativos de serviços que façam sentido para seu dia a dia”, explica o executivo, citando que, na maioria dos casos, depois de comprar o imóvel, o usuário acabava deixando de usar aquele sistema que servia como um mecanismo de buscas. 

Isso não quer dizer que mobilidade não é uma tendência. Observando o cenário, a empresa percebeu que 33% das visitas em seu site vinham de tablet ou smartphones. A solução foi adequar a página para dispositivos móveis. “Ficamos atento a novas postura para podermos nos apresentarmos adequadamente ao consumidor”. Além de melhorar a navegabilidade em telas menores e (em muitos casos) com banda de internet mais precária, a companhia adicionou recursos, como o Waze, por exemplo.

8. Comece pequeno e escale – É como um mantra ressoando na cabeça de quem pensa inovação na Tecnisa: repetir é preciso, inovar não é preciso. “É um trocadilho que usamos porque o que se repete tem precisão (acuracidade), inovação é inedito, logo não tem precisão sobre os projetos”, conta Denilson. Justamente por isso, não se pode colocar todas as fichas em apenas uma aposta. 

A lição aprendida pela empresa é que é melhor começar pequeno e evoluir as ações a partir dos primeiros resultados, o que ressalta, também, a importancia de definição de indicadores para validar a evolução de uma ideia.

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