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Atendebem: de saída para o Ceará? 2j3z5

25 de fevereiro de 2015 - 14:14
Protesto dos funcionários da Atendebem acabou na TV. Foto: reprodução.

Protesto dos funcionários da Atendebem acabou na TV. Foto: reprodução.

A Atendebem, empresa de call center sediada em São Leopoldo, na região metropolitana de Porto Alegre, fechou na semana ada sua operação em Criciúma, no Sul de Santa Catarina, acendendo rumores sobre uma migração para o Nordeste.

No ano ado, a empresa abriu uma operação em Eusébio, município de 50 mil habitantes na região metropolitana de Fortaleza, no Ceará.

A empresa não comenta o número total de funcionários, mas informações divulgadas na imprensa catarinense falam de 100 demissões em Criciúma (o assunto foi tema de matérias na TV local).

Em São Leopoldo, fontes ouvidas pelo Baguete falam de uma diminuição paulatina da equipe, que teria sido reduzida pela metade, para cerca de 500 funcionários, ao longo do último ano.

Na radio peão e fontes de mercado, circulam todo tipo de rumores, desde o fechamento da empresa até a migração de todas as operações para o Nordeste.

Procurado pelo Baguete, o diretor da Atendebem, Tiago Loureiro, disse por e-mail que o fechamento do site em Criciúma, aberto em julho do ano ado com previsão de 800 contrações é uma questão local.

“Fechamos por questões operacionais e financeiras, uma vez que os resultados q estavam sendo obtidos estava muito aquém do planejado”, explica Loureiro. “A empresa continua com uma carteira de clientes sólida e com previsão de crescimento de cerca de 10% este ano”, agrega.

Em seu site, a empresa divulga uma carteira com clientes como Banco do Brasil, Sicredi e Claro.

Ainda segundo o empresário, existe no mercado de center um “movimento geral de ida ao Nordeste” e que a operação cearense corresponde hoje “30% da empresa”.

Loureiro não disse se em termos de faturamento ou do tamanho total de funcionários, informações que a Atendebem não divulga. De acordo com o empresário, não há precisão de “crescimento ou de mudança” na operação cearense.

O Baguete procurou o Sindtel, sindicato trabalhista responsável segmento da Atendebem no Rio Grande do Sul, mas é impossível determinar com certeza o número de funcionários da companhia com base na homologação das demissões, uma vez que colaboradores com menos de um ano de companhia não precisam fazer o procedimento.

Em um segmento que é uma porta de entrada para o mundo do trabalho para muitos jovens, com alta rotatividade, muitos funcionários não chegam a completar o primeiro ano de empresa.

Uma ida definitiva para o Nordeste não seria a primeira mudança da Atendebem em busca de melhores condições.

A empresa abriu em São Leopoldo em 2006 vinda da vizinha Novo Hamburgo, onde foi fundada em 2000, atraída por um incentivo fiscal na alíquota do ISSQN concedida pela prefeitura da cidade.

Na época, foi divulgado pelo governo do estado que a Atendebem estava investindo R$ 10 milhões na reabilitação da área de uma antiga fábrica de sapatos para transferir 2 mil funcionários com a meta de faturar R$ 32 milhões no final daquele ano.

Como o próprio Loureiro reconhece, existe um movimento da indústria de call center rumo ao Nordeste, em busca de maiores margens de lucro.

O Nordeste representa 12,5% do faturamento do setor de call center no Brasil, que totalizou R$ 12 bilhões em 2013, segundo Sindicato Paulista das Empresas de Telemarketing, Marketing Direto e Conexos (Sintelmark). São Paulo ainda representa 60%. A Região Sul como um todo fica em 19,5%.

Líderes de mercado como a Contax já tem quase 100 mil funcionários na região Nordeste. A AeC, empresa mineira de outsoucing de processo de negócios tem quase 10 mil na Paraíba. A GVT, que mantém seus próprios call centers, anunciou investimentos em Fortaleza

Além dos eventuais incentivos fiscais que um setor gerador de empregos pode atrair, os salários oferecidos pela indústria de call center (na faixa dos R$ 1 mil na Atendebem, por exemplp) são mais atrativos no Nordeste, o que leva a uma rotatividade da mão de obra menor.

De acordo com estimativas do setor, um funcionário em São Paulo fica no emprego em média um ano, contra três ou quatro em média no Nordeste.

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