FÍSICA

AWS lança chip quântico 494d51

Pesquisa que resultou no chamado Ocelot teve o mineiro Fernando Brandão entre os líderes. 5k257

10 de março de 2025 - 11:38
Fernando Brandão, diretor de ciência aplicada na AWS - Foto: Caltech

Fernando Brandão, diretor de ciência aplicada na AWS - Foto: Caltech

A Amazon Web Services (AWS) lançou seu primeiro chip quântico, denominado Ocelot, com a participação do pesquisador brasileiro Fernando Brandão, diretor de ciência aplicada na AWS e professor de física teórica no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech).

Brandão é graduado e mestre pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), além de ser doutor em física quântica pelo Imperial College, de Londres. Antes da Amazon, teve agens pela Google e pela Microsoft.

A computação quântica, desejo das maiores empresas de tecnologia do mundo, é baseada nas leis da mecânica quântica, ou seja, na física que enxerga o mundo microscópico através de fótons, elétrons e prótons.

Enquanto a computação tradicional funciona através dos bits e seus estados de 0 e 1 (liga-desliga, acende-apaga, por exemplo), a computação quântica funciona através dos qubits, que também trabalham com 0 e 1, mas com variações ultrarrápidas entre os estados — uma espécie de entrelaçamento quântico.

Em mais um exemplo simplista, em vez de apenas acender e apagar uma lâmpada, ele controla a tensão, a luminosidade e outras funções. 

"Um sistema quântico resolve, em uma hora, um problema que levaria bilhões de anos se resolvido por um supercomputador atual", afirma Brandão ao site Brazil Journal.

Desenvolvido durante cinco anos, o chip Ocelot (que significa jaguatirica em inglês) utiliza o método de oscilação de qubits para diminuir a taxa de erros desses componentes e, assim, construir um chip com capacidade de processar fórmulas longas e complexas para os computadores comuns.

Os qubits são extremamente sensíveis ao ambiente, como vibrações, temperaturas elevadas e ondas eletromagnéticas, fatores chamados de ruídos. O desafio era criar um qubit com baixo ruído e reduzir os erros quânticos.

Para isso, Brandão e outros pesquisadores da Amazon utilizaram uma tecnologia chamada "qubits gatos", uma espécie mais robusta do que outros tipos de qubits, para corrigir algumas falhas.

Através de um processo com oscilação de fótons, o qubit foi ficando mais resistente. A junção do qubit gato com outros componentes reduziu os erros em 90% e resultou no Ocelot.

O Ocelot permite a correção de erros sem a necessidade de utilizar tantos qubits e com um uso escalável, algo que deverá ser de extrema valia para o desenvolvimento de computadores quânticos, que precisam de vários qubits para processamento.

Diminuindo a quantidade de chips, o custo deve reduzir cada vez mais e os computadores poderão ser operados em ambientes fora dos laboratórios.

Brandão sabe que essa descoberta é apenas mais um o, dado desta vez pela Amazon, mas enxerga que a corrida pela computação quântica — que tem Google, IBM e Microsoft no páreo, além de outras empresas espalhadas pelo mundo — tende a diminuir o tempo de viabilidade comercial e social.

Em até uma década, espera-se que a computação quântica possa solucionar problemas na ciência de materiais, no desenvolvimento de baterias, fertilizantes e novos medicamentos.

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