Baianos de olho na mina do e-lixo gaúcho 43495q

A baiana Cetrel está de olho no lixo eletrônico porto-alegrense. Empresa especializada no tratamento e disposição de resíduos industriais, a companhia está em tratativas com a prefeitura da capital, através da Inovapoa, para a criação de uma unidade de reaproveitamento de componentes eletrônicos. Não foram informados os valores do investimento. Dinheiro do lixo t64o

17 de maio de 2011 - 17:14
Baianos de olho na mina do e-lixo gaúcho

A baiana Cetrel está de olho no lixo eletrônico porto-alegrense.

Empresa especializada no tratamento e disposição de resíduos industriais, a companhia está em tratativas com a prefeitura da capital, através da Inovapoa, para a criação de uma unidade de reaproveitamento de componentes eletrônicos.

Não foram informados os valores do investimento.

Dinheiro do lixo
Na mira da Cetrel estão os metais preciosos da sucata eletrônica – especialmente computadores (desktop e notebooks) e telefones celulares – que os gaúchos não querem mais.

“Queremos fazer de Porto Alegre um case para o mundo”, destaca Alexandre Machado, líder em P&D e inovação da Cetrel.

Por trás do plano de negócios – fruto de conversas iniciadas em dezembro do ano ado entre Machado e Newton Braga Rosa, presidente da Inovaopa – está uma mina de ouro, literalmente.

Segundo Machado, dos 96,8 milhões de toneladas que o Brasil produz anualmente de lixo eletrônico, só o ouro extraído dos componentes tem o potencial de render R$ 708 bilhões.

“No pior dos cenários, o valor chegaria a R$ 6 bilhões”, prevê o executivo.

Mais ouro que a mina
Atualmente, relembra Machado, o metro cúbico de lixo eletrônico é vendido por US$ 20 mil para empresas na Europa, onde pode ser reaproveitado. A intenção da Cetrel é mostrar que o mesmo pode ser feito dentro do Brasil.

Tecnologia, diz Machado, não falta. A empresa é capaz, inclusive, de fazer o processo do ouro similar ao dos mineradores, com a vantagem de gastar menos energia e garantir aproveitamento maior.

“O lixo eletrônico tem mais ouro que o minério. É mais vantajoso do que garimpar e refinar. Tanto que o investimento para uma fábrica que trate 1,5 tonelada de metais preciosos se paga em um ano”, completa.

O que falta é organizar a demanda e mostrar que o negócio se sustenta.

“É nessa etapa que nós estamos, diz Braga Rosa.

Precisa-se de parcerias
Segundo o diretor, a prefeitura está mobilizando a cadeia, os parceiros, as cooperativas e o varejo para gerar a demanda que seria atendida pela fábrica da Cetrel na Região Metropolitana.

Além de três pontos de coleta de e-lixo na capital, a prefeitura quer incentivar o varejo a criar pontos de devolução, além de realizar novas feiras de descarte do lixo eletrônico para os porto-alegrenses.

Numa edição dessa última iniciativa, realizada em dezembro do ano ado, 13 toneladas de computadores e peças (o equivalente a quatro caminhões), foram recolhidos.

“Em média, as pessoas ficam com os computadores velhos até cinco anos antes de por fora, isso quando não dão para o porteiro ou a empregada”, diz Braga Rosa. “Teve um cara lá que estava há 15 anos com o computador engavetado”, completa.

Para Machado, é uma prova de que o negócio pode dar certo: “estamos confiantes em fechar as negociações de forma positiva para todos”.

A intenção é que até o final do ano haja uma sinalização de quando a unidade deve começar a operar e tratar os resíduos na capital gaúcha, iniciativa inédita, segundo Machado.

“Se compensa atravessar o Atlântico para tratar, tem que compensar o reaproveitamento aqui”, finaliza.

Encarregada da operação dos sistemas de proteção ambiental do Pólo Industrial de Camaçari (BA), maior complexo industrial integrado da América Latina, a Cetrel representa um investimento da ordem de US$ 250 milhões, tendo iniciado suas atividades como uma empresa estatal.

No ano ado, a empresa teve lucro líquido de R$ 25 milhões, alta de 49% sobre o ano anterior.

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