
GS1 aposta em iniciativas para identificar produtos. Foto: Getty Images.
Para a GS1, entidade mundial responsável pela disseminação de padrões de identificação para produtos, como códigos de barras e RFID, está iniciando no Brasil um esforço para aumentar o uso destas tecnologias por parte dos consumidores, com o lançamento de um app.
Já disponível para Android e Windows Phone - a versão para iOS deve vir mais adiante no mês - o aplicativo InBar tem o objetivo de ser uma fonte de consulta para o consumidor para ter mais informações sobre o produto que ele encontra na prateleira.
O uso é simples, se assemelhando a outros apps de empresas internacionais como a Amazon: o consumidor usa a câmera do smartphone para ler o código de barras do produto e o app mostra informações do produto que constam na base da GS1.
Segundo Wilson Cruz, coordenador do Centro de Inovação e Tecnologia da GS1, o aplicativo já tem o a cerca de 756 mil itens diferentes, de mais de sete mil empresas ao redor do mundo.
"Como usamos padrões globais, fica mais fácil de estabelecer esta identificação. Queremos que esta facilidade esteja na mão do consumidor", destaca o executivo.
No entanto, segundo a entidade, a cadeia varejista ainda está longe do ideal no uso de tecnologias de automação. Muitas empresas, em vez de entrarem em consenso para identificar produtos, acabam criando sistemas próprios, ocasionando em informações conflitantes.
"Isso acaba resultando em problemas logísticos e pode trazer prejuízos para a cadeia", completa Wilson.
Um exemplo positivo citado pela entidade durante o evento Brasil em Código, realizado em São Paulo, foi o do mercado de varejo mexicano, que já tem 75% de sua base funcionando sob padrões da GS1.
Segundo Mario Seruin, da GS1 México, aplicações integradas de catálogo eletrônico de produtos atendem tanto ao consumidor como também às cadeias de lojas, que usam as informações para compor seu controle interno de produtos.
De acordo com o executivo, são cerca de 455 mil produtos cadastrados, 135 mil deles com imagens (algumas delas fornecidas pelos próprios consumidores), cobrindo cerca de 4 mil empresas.
"Com o uso desta aplicação e a participação dos consumidores, algumas redes conseguiram reduzir em 50% o tempo de falta de produtos em suas lojas", declarou Seriun, que afirmou que o o é chegar a 100% das lojas mexicanas usando este sistema.