
Júlio Onofre Mendes de Oliveira, presidente do BDMG. Foto: Viviane Resende.
O Fundo Brasil Aceleradora de Startups terá investimento de R$ 5 milhões do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). O objetivo do Banco é contribuir para o desenvolvimento e consolidação do ecossistema de startups e do ambiente de inovação em Minas Gerais.
Este é um fundo de investimento em participações (FIP), desenvolvido em parceria com o Banco Espírito Santo Ativos Financeiros – BESAF (gestor) e a Microsoft (consultor especializado).
O público-alvo são as startups com faturamento entre R$ 120 mil e R$ 3 milhões ao ano.
O Fundo Brasil Aceleradora de Startups, além de promover investimento direto nas startups de tecnologia, investirá em aceleradoras.
Estima-se que ao menos 120 empresas receberão apoio ao longo do ciclo do fundo.
A gerente de Operações Estruturadas do BDMG, Larissa Wolochate, explica que as startups de tecnologia usualmente iniciam o ciclo de vida em uma incubadora ou em uma aceleradora, contando com investimentos de familiares, amigos, investidores-anjos, recursos das aceleradoras ou de subvenção.
Entretanto, no momento em que possuem um produto já provado, necessitam de condições para expandir e conquistar mercado.
"As empresas se deparam com o seguinte desafio: as fontes de recursos anteriormente utilizadas já não são suficientes e o o, tanto ao crédito como a investidores, ainda é escasso em função de seu porte. É nessa lacuna que se encontra o foco de atuação do Brasil Aceleradora de Startups", afirma.
No início de maio BDMG decidiu dobrar o valor destinado ao investimento em fundos voltados a empresas de base tecnológica, saltando de R$ 27,5 milhões para R$ 60 milhões.
O BDMG está fazendo opção por uma boa relação entre risco/retorno por meio de uma estratégia de investimento em dois novos fundos em 2014 e outros dois novos em 2015.
“Dessa forma, ao mesmo tempo que aumenta o impacto na economia mineira, reduz-se riscos, melhora-se a expectativa média de retorno, e constrói-se bases para a sustentabilidade da carteira no longo prazo”, relata o gerente do BDMG.
Até agora, o BDMG já colocou dinheiro em quatro fundos.
Um deles, o HorizonTI, fundado em 2009, já está em fase de desinvestimento, ou seja, o fundo pretende vender suas participações até 2016.
Foram investidas nesse fundo gerido pela Confrapar as empresas ePrimeCare, Cana do Crédito, NetCom, CromoUp, Startline e Ilusis.