
Companhia é sediada em Bento Gonçalves, cidade de 96 mil habitantes na serra gaúcha. Foto: divulgação.
A Bling, startup de software de gestão para micro e pequenas empresas, quer chegar a 200 funcionários até o final do ano, o que deve transformar a empresa em um dos maiores empregadores do setor de tecnologia em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha.
A empresa planeja 80 contratações em 2020 e está de mudança para uma nova sede, capaz de abrigar os novos funcionários.
Em fevereiro de 2019, o time contava com 70 pessoas e o número já aumentou para 115. De acordo com a empresa, a ideia é chegar a algo em torno de 160 ou 170 pessoas ainda na metade de 2020 e o restante até o final do ano.
São números chamativos para uma companhia de software sediada em uma cidade de 96 mil habitantes.
“Além de oferecer um bom ambiente para nosso pessoal e facilitar a integração entre os times, este novo espaço permitirá que continuemos a ampliar a equipe e nos ajudará a alcançar o objetivo de fornecer um produto e atendimento melhor para nossos clientes", afirma Sidney Zynger, diretor de marketing e sócio da Bling.
Atualmente são 30 vagas em processo seletivo, sendo 15 na área de tecnologia e as demais para marketing, comercial, customer success, RH e conteúdo.
Com o desafio de estar em uma cidade de interior, a principal estratégia da Bling é a formação do time em casa.
De acordo com a empresa, ela foi crescendo e absorvendo profissionais muitas vezes em um nível mais júnior e formados em universidades locais, além de algumas contratações de pessoas com nível de experiência maior, que exigiram uma busca mais pontual.
No time atual, cerca de 35% têm formação em tecnologia, 5% em design web, 35% ou 40% em atendimento e o restante é da área istrativa.
Além de ampliar o time em 2020, a empresa também busca ampliar a base de clientes, lançar funcionalidades novas, reforçar as áreas com pessoas mais sênior e promover outras que já estão na empresa.
Segundo a Bling, o número de clientes da empresa cresceu cerca de 400% nos últimos três anos e a startup possui mais de 20 mil de clientes, com presença em todos os estados do Brasil. Em sua maioria, são micro e pequenas empresas de varejo multicanal.
De acordo com a empresa, o mercado é bastante concorrido, mas muitas micro e pequenas empresas estão buscando se formalizar e, com isso, vem a necessidade de emitir nota fiscal, fazer controle de compras, vendas e estoque.
Entre os projetos em andamento, a empresa destaca a ampliação das funcionalidades de integrações com o ecossistema de e-commerce e a oferta de soluções financeiras embarcadas no ERP, além de outros projetos internos relacionados a marketing.
O sistema de gestão da companhia conta com mais de 200 integrações no e-commerce e oferece serviços que possibilitam o controle total sobre itens como vendas, finanças, estoque, produtos, clientes, pedidos e comissões de vendas.
Entre as plataformas de e-commerce e marketplaces do país que integradas no ERP, estão Loja Integrada, Vtex, Nuvem Shop e B2W.
“O grande diferencial é a integração de diversos canais de venda de e-commerce, bom conjunto de funcionalidades para gestão da parte logística do cliente e o próprio core do ERP”, afirma Marcelo Navarini, CFO e COO da Bling.
Com a solução SaaS, o ERP conta com um sistema frente de caixa (PDV), configurável para controlar mesas e gerenciar a entrada e saída de caixa.
“Este modelo de negócio do Bling propõe acelerar e facilitar as atividades diárias do pequeno empresário, mostrando que não é caro e nem complicado ter um sistema de gestão”, ressalta Zynger.
A empresa oferece planos planos que vão de R$ 50 a R$ 300 mensais.
Há 11 anos atrás, a primeira versão do ERP foi criada, bem mais simples do que a atual, tendo as novas funcionalidades incorporadas ao longo do tempo.
O fundador é Antonio Nodari e, mais tarde, Sidney Zynger entrou na sociedade como investidor-anjo.
Em 2017, a startup recebeu investimento do fundo Criatec 2, criado pelo BNDES e gerido pela Bozano Investimentos e Triaxis Capital.
Apesar da empresa não divulgar o valor recebido, o site Crunchbase informa que o aporte foi de R$ 2,5 milhões.
O investimento já havia sido usado para ampliar a capacidade de contratação de equipe e em marketing.