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No Brasil, a nuvem ainda está preta. Foto: divulgação.
Um relatório da Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento (Unctad) alertou para um "abismo tecnológico", referente às conexões à internet nos países de primeiro mundo em relação às economias emergentes - incluindo o Brasil - e as mais pobres.
Segundo o estudo, divulgado esta semana, a qualidade inferior da conexão nestes países é um empecilho para a popularização de serviços em nuvem, um tendência que é uma das grandes apostas para os próximos anos.
No entanto, a carência de energia e banda larga confiável e custeável, assim como a baixa proporção de data centers, estão deixando os países pobres e mesmo os remediados para trás. A informação é do Convergência Digital.
“Banda larga ível continua longe do satisfatório. Além disso, a maior parte dos países de baixa renda se vale das redes móveis de banda larga, que são caracterizadas por baixas velocidades e grandes latências – nada ideais para a oferta de serviços em nuvem", afirmou a Unctad.
A Unctad , durante os últimos três anos, monitorou diversos países para identificar sua capacidade de oferecer serviços em nuvem. 43 países - asiáticos, europeus e norte-americanos - estão avançados neste quesito.
Existe o grupo intermediário, com 61 países, que conta com conexões velozes no , mas ainda sofre com baixas velocidades de e, por isso, não vai além dos serviços básicos em cloud. Outros 34 sequer estão no jogo.
“O principal gargalo que impede o avanço para o próximo nível é o patamar esperado das velocidades de , que mais de 90% das economias falha em atingir, seguido da latência", destacou a entidade no relatório.
Quanto ao uso de banda larga fixa, a média fica nos 28 os em cada grupo de 100 habitantes nos países desenvolvidos. A proporção cai para 6 em 100 nas nações em desenvolvimento e apenas 0,2 por 100 nas nações mais pobres.
Em relação aos data centers, as nações desenvolvidas 85% das estruturas com serviços em nuvem. Segundo o relatório, em 2011 havia cerca de mil vezes mais servidores por milhão de habitantes nos países de alta renda do que nos países mais pobres.