
F&A tem suave retração no 1S14. Foto: Getty Images.
No primeiro semestre de 2014, o Brasil teve um desempenho inferior ao período no ano ado na parte de fusões e aquisições. Quem aponta é a consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC), que divulgou um relatório nesta segunda-feira, 28.
Segundo dados do levantamento, no país foram realizada 393 transações de fusões e aquisições no primeiro semestre, uma queda de 1,3% em relação às 398 operações feitas no mesmo período no ano ado.
De acordo com a PwC, mais da metade das operações não tiveram seus termos divulgados, e por esta razão a consultoria não faz estimativa do volume financeiro envolvido. A informação é do Valor.
O setor de TI continua como o mais movimentado, com 57 transações, representando 15% do total e crescendo 1,8% sobre o mesmo período em 2013.
Entre as operações que movimentaram altos valores foram a compra da Niyati pela B2W por R$ 127 milhões e a aquisição da Rezende Sistemas pela Linx, por R$ 49,9 milhões.
Os setores de serviços e varejo também tiveram números representativos, com 40 e 39 operações, respectivamente. O setor financeiro, com 38 transações, foi o que registrou o crescimento mais acentuado, com 58,3% sobre o primeiro trimestre de 2013.
51,7% das operações foram de compra de participação majoritária em empresas nacionais, seguida por compras (40,5% das transações), t ventures (4,1%), incorporações (2%) e fusões (1,8%).
Embora os números do primeiro semestre sejam inferiores ao período em 2013, Alexandre Pierantoni, sócio da PwC, afirma que a retração foi suave em relação à expectativa para o mercado.
"Havia uma expectativa de redução no número de fusões e aquisições devido à realização da Copa do Mundo da Fifa no Brasil, mas não houve esse impacto", disse Pierantoni.
Para o segundo semestre, os números são otimistas. De acordo com o levantamento, em junho foram registradas no país 72 operações, um crescimento de 8,3% sobre junho de 2013.
Na avaliação de Pierantoni, o país tende a apresentar no segundo semestre um volume de operações semelhante ao verificado no ano ado.
"O Brasil ainda continua atrativo para investidores estrangeiros. Mesmo com as incertezas do cenário político e econômico, a tendência é que o volume de operações mantenha uma certa estabilidade", disse o executivo.