OCUPAÇÃO

Brasil tem segunda maior geração "nem-nem" 663

Cerca de 36% dos jovens brasileiros não trabalham e nem estudam. 1j2f3p

10 de agosto de 2023 - 14:58
Santa Catarina possui o menor percentual em relação a jovens que não estudam e nem trabalham (Foto: Depositphotos)

Santa Catarina possui o menor percentual em relação a jovens que não estudam e nem trabalham (Foto: Depositphotos)

O Brasil é o segundo país com o maior índice de jovens entre 18 e 24 anos que não estudam e nem trabalham, grupo conhecido como geração "nem-nem".

Conforme dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), 36% das pessoas nessa faixa etária no país não têm ocupação formal. Na pesquisa feita com 37 países, a África do Sul lidera o ranking.

Segundo um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 73% da geração nem-nem é formada por mulheres, tendo a gravidez precoce como principal causa. 

Para André Minucci, CEO da Minucci RP, o número elevado de jovens sem estudar e sem trabalhar se justifica por características da sociedade brasileira.

“À medida que houve um crescimento da exigência de formação e experiência, o mercado de trabalho tornou-se mais para aqueles que não têm uma educação formal completa ou qualificação adicional. Também há falhas no sistema educacional e a ausência de mecanismos de incentivo, o que leva à desistência dos estudos ou à formação precária em boa parte da população”, analisa Minucci.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 3 milhões de brasileiros estão desempregados há mais de dois anos.

“Os números confirmam a necessidade de políticas públicas para ajudar os jovens a se profissionalizarem e ingressarem no mercado de trabalho. As consequências da geração nem-nem vão além do desemprego, incluem o aumento da diferença da desigualdade social e afetam os problemas com a saúde mental. Muitos jovens se sentem pressionados a conseguirem uma formação e um trabalho cada vez mais cedo, o que os afeta psicologicamente”, declara Minucci.

Em relação aos estados, Santa Catarina possui o menor percentual em relação a jovens que não estudam e nem trabalham.

Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) - Educação de 2022, apenas 178 mil catarinenses entre 15 e 29 anos (cerca de 10,6%) fazem parte da estatística.

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