
Bruna Keiserman.
Bruna Keiserman, ex-country manager do serviço de streaming Twitch da Amazon, acaba de assumir como “chief of staff” da Trybe, startup de formação de programadores que está em alta.
O cargo é normalmente usado em órgãos de governo ou no exército (no Brasil, existe o ministro chefe da Casa Civil com uma atribuição similar) e está fazendo sua estreia em uma startup brasileira.
No caso da Trybe, ele significa que Keiserman será a “braço direito" do CEO Matheus Goyas.
“Minha primeira missão é construir um planejamento estratégico de médio e longo prazo, para que possamos entender possíveis oportunidades e posicionar a Trybe como a primeira escolha de pessoas que queiram se preparar para profissões digitais na América Latina”, afirma Keiserman.
A executiva ou quase quatro anos na Amazon, da qual saiu para fundar sua própria startup, a Mimic, uma empresa de entrega de comida saudável que chegou a captar US$ 9 milhões de fundos de investimento.
Fundada em agosto de 2019, a Trybe é talvez a mais hypada entre as startups que atuam com formação de desenvolvedores de software dentro do modelo conhecido como Income Share Agreement (ISA). A Trybe prefere falar em modelo de sucesso compartilhado (MSC), que é a mesma coisa.
No sistema, o aluno faz o curso, mas tem a opção de pagar quando tiver encontrado um emprego acima de determinada faixa salarial, de R$ 3 mil no caso da Trybe.
Recentemente, a empresa recebeu um aporte R$ 42 milhões liderado pelo fundo Atlantico e composto por outros investidores, entre eles Canary, Global Founders Capital, e.Bricks, Maya e Norte.
Tudo isso para uma companhia fundada em agosto de 2019, que tinha meta de chegar a 600 alunos até o final de 2020 e 3 mil até o final de 2021.
Depois do aporte, a Trybe contratou Nelson Mattos, ex-IBM e Google, como conselheiro técnico e pedagógico sênior e comprou a concorrente Codenation.
A Trybe é uma empresa nova, mas liderada por nomes com algum histórico, com cinco sócios que fundaram em 2012 AppProva, outra startup educacional, essa focada em dados e avaliações.
Ela foi vendida para a Somos Educação em 2017, quando já tinha cinco milhões de estudantes na plataforma.