BANCOS 2.0

BTG+ roda todo na nuvem da AWS 3m1vg

Novo BTG+ espera atingir 4,5 milhões de correntistas em três anos. 3c5x2x

14 de abril de 2021 - 12:25
BTG+ quer ser um "banco preditivo". Foto: Divulgação.

BTG+ quer ser um "banco preditivo". Foto: Divulgação.

O BTG+, banco digital do BTG Pactual, funciona totalmente sobre tecnologias na nuvem da AWS.

A empresa adquiriu um pacote de 30 serviços da AWS,  como analytics e machine learning, além de contar com o apoio da gigante de nuvem no desenvolvimento de uma área robusta de análise de dados para entregar uma experiência cada vez mais personalizada aos clientes. 

O BTG+ é uma operação de varejo e projeta alcançar 4,5 milhões de correntistas nos próximos três anos e tem por meta ser um “banco contextual”, antecipando as necessidades dos clientes, antes de eles precisarem buscar atendimento.

“Na AWS, desenvolvemos a estratégia de criação do BTG+ e, com as soluções advanced analytics atuamos para atender às necessidades dos clientes de forma proativa e preditiva. Nossa intenção é auxiliar o cliente na gestão financeira do dia a dia, de acordo com seu perfil e realidade”, explica Rodrigo Cury, Head do BTG+ do BTG Pactual.

Em nota, a companhia cita como exemplo a possibilidade de identificar que a maior parte dos clientes usa o cartão de crédito em restaurantes, e a partir disso desenvolver um benefício específico para esses estabelecimentos.

Na construção das soluções, o BTG Pactual usou a stack de produtos da AWS, API Gateway, Elastic Cache, EKS, RDS, ELB, Lambda, Kinesis, Cloudfront, DynamoDB, SQS, SNS e Cloud Watch.

O BTG+ utiliza para o armazenamento de dados transacionais uma variedade de bancos de dados, todos eles gerenciados (RDS). Isso inclui o Aurora, banco de dados relacional compatível com MySQL e PostgreSQL, criado para a nuvem. 

Além dele, faz parte da estrutura o Amazon Redis, armazenamento de dados de chave-valor em memória, rápido e de código aberto, para uso como banco de dados e cache que possibilita a disponibilização rápida de informações ao cliente. 

E, para obter os melhores insights dos dados armazenados, a instituição conta com o Amazon SageMaker, serviço que possibilita a preparação, criação, treinamento e implementação de modelos de machine learning.

“O uso de diversos serviços possibilita uma infraestrutura robusta, segura, confiável e capaz de ar uma das nossas principais necessidades para entregar uma experiência positiva ao cliente, além de disponibilidade 24 horas por dia, sete dias por semana”, ressalta Estevam Carvalho, Head de Infraestrutura de Tecnologia do BTG Pactual.

O BTG Pactual já era cliente da AWS na sua atuação principal, como banco de investimento, usando serviços de computação da empresa em todos os países nos quais opera desde 2016. A migração total deve ser atingida neste ano.

O projeto piloto do BTG+ começou em abril de 2020 com milhares de colaboradores e parceiros do Grupo BTG, além de escritórios de agentes autônomos. Em setembro, a adesão foi aberta aos clientes do banco de investimentos e, em menos de um ano depois, foi disponibilizada para todas as pessoas físicas no Brasil. 

SETOR EM MOVIMENTO

O setor bancário é altamente regulado e com infraestruturas de TI legadas de grande porte, e por isso fica atrás do mercado em geral quando o tema é adoção de nuvem.

De acordo com uma pesquisa da CIO Surveys, só 16% das empresas do setor de serviços financeiros adotaram nuvens públicas, abaixo da média de mercado de 24%.

Mas existem sinais de que isso está começando a mudar, mesmo no Brasil, em instituições de todo tipo de porte.

Quem está aderindo mais rápido são as novas operações, do tipo fintech, que não tem infraestrutura legada.

Quem parece estar na frente é a AWS, que nos últimos anos fechou contratos com o Digio, plataforma criada pelo Bradesco e pelo Banco do Brasil, e o Fibra, focado em grandes e médias empresas dos setores de agronegócio e corporativo.

O Banco Bari, instituição financeira do Grupo Barigui, também nasceu na nuvem da AWS.

Já o Google Cloud, o principal concorrente da AWS, fechou um contrato com o banco BV, nova marca do Banco Votorantim, quinto maior banco privado brasileiro em ativos.

Mas mesmo os grandes nomes estão se mexendo. No final do ano ado, o Itaú fechou um contrato de 10 anos com a AWS, pelo qual um dos maiores bancos do país deve migrar a “maior parcela” de sua infraestrutura de TI dos mainframes e de seus data centers para a nuvem.

Foi uma mudança de rumos significativa, uma vez que, até pouco tempo atrás, o banco estava apostando pesado em construir a sua própria infraestrutura.

O Google também tem um cliente entre os bancos tradicionais, ainda que bem menor: o Banco BS2, antigo Banco Bonsucesso, anunciou a migração da sua infraestrutura para o Google Cloud.

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