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Vendedores são acusados de combinar preços em Brasília. Foto: flickr.com/photos/dbnunley
O Conselho istrativo de Defesa Econômica (Cade) investiga um suposto cartel que atuaria em licitações realizadas por órgãos e empresas públicas com sede no Distrito Federal (DF) para contratar serviços terceirizados de implementação de redes corporativas.
Com base em documentos encaminhados no ano ado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), o processo istrativo foi instaurado na quarta-feira, 13, pela Superintendência-Geral do Cade.
"Há indícios de que sete empresas e dez executivos teriam trocado informações e se coordenado para fixar preços, ter vantagens em licitações e dividir o mercado de serviços de tecnologia da informação", informou, em nota, o órgão antitruste.
Entre as empresas citadas, segundo o parecer da superintendência, estão: Adler Assessoramento Empresarial, Alsar Tecnologia em Redes, CDT Comunicação de Dados, Netway Datacom Comércio de Sistemas para Informática, Rhox Comunicação de Dados, Tellus Informática e Telecomunicações e Vertax Redes e Telecomunicações.
Os executivos acusados são Wellington da Rocha Mello Júnior, Ronei Souza Machado, Renato Batista de Oliveira, Rômulo Silva Nogueira, Rochely Maria Moura Leal Lima, Paulo de Assis Gomes, Margareth Brixi Tony de Souza, Fábio de Azevedo Montoro, Emílio Timo e Cristiane dos Santos Costa.
Segundo a denúncia, logo após a publicação dos editais de licitação, os envolvidos no suposto esquema mantinham uma intensa comunicação e chegavam a trocar informações comerciais sensíveis, como preço, clientes e condições de participação em licitações.
Com a abertura da investigação, os acusados serão notificados para apresentar defesa no prazo de 30 dias, informou o Cade. Depois, o caso será enviado para julgamento pelo plenário do órgão.
Das empresas listadas, três não tiveram o site encontrado pela reportagem do Baguete, apenas endereços e telefones em guias na Internet, o que não é uma situação incomum entre empresas com foco exclusivo no setor público.
Entre aquelas que tinham site a CDT menciona clientes no governo como Caixa, os ministérios do Turismo e Agricultura e a Embrapa, entre outros. Rhox, Tellus e Vertax não abrem informações sobre clientes.