
Lúdio Cabral, candidato do PT à prefeitura de Cuiabá - Foto: Site Perseu Abramo
O deputado estadual do Mato Grosso Lúdio Cabral (PT), candidato à prefeitura de Cuiabá, foi alvo de um ataque hacker nas suas páginas do Facebook e Instagram nesta semana, reta final da campanha eleitoral.
Em um vídeo, o político relata que os cibercriminosos aram suas redes sociais e solicitaram à Meta a suspensão da conta de anúncios da campanha, que é utilizada para criar, gerenciar e monitorar publicidade nas plataformas.
O processo de desativação já foi revertido, mas os impactos no impulsionamento do candidato nas redes não será restabelecido até que todos os controles sejam conferidos pela Meta.
Segundo o deputado, a Polícia Federal foi acionada pela organização da campanha e uma investigação foi iniciada.
“A quem interessa, na reta final da campanha, impedir que a população de Cuiabá seja alcançada pela nossa mensagem? Justamente as mensagens finais, os últimos programas e os últimos conteúdos?”, questiona Cabral em seu vídeo divulgado.
Conforme a legislação eleitoral, os candidatos têm até esta sexta-feira, 4, para realizar propagandas pagas na Internet e em jornais. Os concorrentes podem fazer campanha na véspera da eleição, porém somente de forma presencial e com materiais gráficos.
A última pesquisa realizada pela AtlasIntel sobre a eleição para a prefeitura de Cuiabá mostra a possibilidade de uma disputa acirrada. Em primeiro lugar, aparece Abílio Brunini (PL), com 32,3%, seguido por Lúdio Cabral (PT), com 24,3%, e, em terceiro, Eduardo Botelho (União Brasil), com 17,9%.
Com uma população de 650 mil habitantes, Cuiabá está entre os 103 municípios brasileiros que podem ter segundo turno em 27 de outubro.
Ataques a figuras públicas, políticos e órgãos públicos vêm ocorrendo com frequência nos últimos tempos.
Em agosto, por exemplo, hackers atacaram a prefeitura de Itu, em São Paulo, com ransomware, corrompendo todos os sistemas hospedados em servidores internos de hiperconvergência e afetando serviços públicos.
O mesmo ocorreu no governo de Alagoas, onde o estado sofreu uma tentativa de ataque cibernético que deixou o site oficial fora do ar e causou indisponibilidade em vários endereços hospedados nos mesmos servidores.
Em Ponta Grossa, Paraná, um ataque de ransomware também causou a paralisação de alguns serviços públicos.